Celebrado nos EUA, Colson Whitehead explora escravidão para falar do racismo de hoje

Autor de ‘The Underground Railroad’ fala sobre o livro que lhe rendeu o Pulitzer de ficção e o National Book Award, além de elogios de Barack Obama

Colson Whitehead, em julho de 2016, em sua casa em Nova York Foto: Sunny Shokrae/The New York Times

Colson Whitehead já era um escritor conhecido no meio americano quando lançou, em agosto de 2016, The Underground Railroad – romance que no Brasil ganhou o subtítulo Os Caminhos Para a Liberdade e saiu pela HarperCollins. O sucesso absoluto de crítica (National Book Award e Pulitzer de ficção, resenhas elogiosas em toda a imprensa anglófona) e de público (foi #1 na lista de mais vendidos do The New York Times depois de recomendações públicas de Barack Obama e Oprah Winfrey) lançou o nome do escritor, porém, ao alcance global.

O romance usa uma estrutura que se move no tempo e no espaço para descrever o caminho de Cora, uma escrava que o leitor conhece numa fazenda da Georgia, estado notadamente escravocrata e de farta produção de algodão no século 19. A “ferrovia subterrânea” – denominação para uma rede de pessoas que ajudavam escravos a fugir do Sul dos EUA na época, historicamente real – do título assume no livro um caráter mágico – de realismo mágico, e os trens, na ficção, realmente viajam por debaixo da terra.

Curiosamente, Whitehead diz ter se tornado escritor de ficção numa viagem ao Brasil, em 1994, quando ele tinha 24 anos. “Eu fui um cara de vinte e poucos anos quebrado e deprimido. Voltei um cara de vinte e poucos anos quebrado e deprimido trabalhando num romance”, comenta, aos risos.

 

Fonte: Estadão

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