Entrevista com a atriz Shirley Cruz

Veja trechos da entrevista com a atriz Shirley Cruz

 

TEXTO: André Rezende | FOTO: Divulgação | Adaptação web: David Pereira

A atriz Shirley Cruz | FOTO: Divulgação

A atriz Shirley Cruz | FOTO: Divulgação

O filme Trinta, de Paulo Machline conta a trajetória de Joãosinho Trinta, um dos maiores nomes do carnaval brasileiro, vivido no longa pelo ator Matheus Nachtergaele. Outro destaque do elenco é a carioca Shirley Cruz, atriz, jornalista e produtora que tem na sétima arte sua maior paixão. Veja trechos da entrevista com a atriz Shirley Cruz:

Como começou sua carreira de atriz?

Cresci dizendo que ia ser analista de sistemas, cheguei a cursar o primeiro ano, mas acredito de verdade que já se nasce artista, o grande lance é como isso se desenvolve. Eu tive a sorte de ter pais que sempre me incentivaram. Fui uma criança que ia todos os finais de semana ao teatro, a shows e muito ao circo.

Você foi aluna da tradicional Escola das Artes de Laranjeiras?

Sim, me formei na CAL e tive uma passagem por um curso livre na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com o Professor Carlos Pimentel, que foi determinante na minha caminhada. Lá, no final do curso montamos o espetáculo A Invasão, de Dias Gomes. Ali, coisas fantásticas aconteceram e eu entendi que a decisão e o desejo de ser uma grande atriz eram irreversíveis.

Como surgiu o convite para o elenco do aguardado filme Trinta, de Paulo Machline?

Esse assunto é mágico, porque desde criança eu gosto do Joãosinho Trinta. A competência, a educação, a garra e a atitude dele sempre me chamaram atenção. Fiz teste para duas personagens. Para mim o mais importante era entrar para o projeto. E consegui!

Em quais filmes você atuou? Algum em especial?

Foram inúmeros curtas-metragens que me ensinaram e me deram muito prazer, como Domingo de Páscoa, de Pedro Amorim e Em terra de cego, de João Boltshauer. Os longas Quase dois irmãos e Maré, nossa história de amor, ambos de Lúcia Murat; O maior amor do mundo, de Cacá Diegues; Cidade de Deus, de Fernando Meirelles; Disparos, de Juliana Reis, e Trinta, de Paulo Machline. Também acabo de filmar Mato sem cachorro, com direção do amigo Pedro Amorim, ao lado de Danilo Gentili e Bruno Gagliasso. E com muita alegria já começo o ano escalada para o filme Jonas e a Baleia, de Lo Politi, mesma diretora das campanhas presidenciais de Lula e Dilma. Tenho carinho por todos os filmes, mas o especial, o melhor de todos ainda está por vir. Como todo ator, espero com alegria e muito trabalho o meu grande papel.

Para uma atriz, qual a principal diferença entre televisão, cinema e teatro?

Existem muitas diferenças, mas a que interfere diretamente no meu trabalho é o tempo de preparação. Sob esse ponto de vista, o teatro e cinema são mais generosos. Já a televisão exige velocidade. O trabalho de ator é de investigação, de experimentos, como uma receita que depende não só dos ingredientes certos, mas também do tempo e modo de preparo.
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