Entrevista com a embaixadora da Jamaica no Brasil

veja trechos da entrevista com a embaixadora da Jamaica no Brasil

 

TEXTO: Maurício Pestana | FOTOS: Norman Kersting | Adaptação web: David Pereira

A embaixadora da Jamaica no Brasil em entrevista à Raça | FOTO: Norman Kersting

A embaixadora da Jamaica no Brasil em entrevista à Raça | FOTO: Norman Kersting

 

A entrevista com Alison Elizabeth Stone Roof, embaixadora da Jamaica no Brasil, poderia ter tomado diferentes rumos por conta da rica história do país, destes interessantes temas religiosos, filosóficos e culturais e pelas diversas experiências vividas pela nossa personagem. Optamos pelo entendimento da Jamaica atual e os seus planos econômicos, turísticos e culturais, pontos abordados pela nossa entrevistada.

Bacharel em relações internacionais, Alison Elizabeth Stone Roof iniciou bem cedo sua carreira no serviço público, como ministra de comércio e relações exteriores de Kingston, capital da Jamaica, e de lá para cá não parou mais. À frente da mais recente casa diplomática a se instalar em Brasília, a embaixadora ensina, nessa entrevista, que a terra onde nasceu o hip hop e o reggae de Bob Marley é também uma terra de negócios. Veja trechos da entrevista com a embaixadora da Jamaica no Brasil.

Como é estar à frente da mais nova embaixada no Brasil? Aqui nós temos uma grande admiração pela cultura jamaicana, em especial o reggae e o movimento rastafári… 

A embaixada aqui no Brasil foi aberta há um ano e representa o estreitamento dos laços entre os dois países, mas a relação do Brasil com a Jamaica vem desde 1962, então já tem 51 anos. Sem dúvidas, o maior elo dessa relação é a cultura, especialmente o Bob Marley e sua obra, que é reconhecida aqui e no mundo inteiro.

O nordeste brasileiro, sobretudo a Bahia e o Maranhão, receberam durante muito tempo uma forte influência da Jamaica, coincidentemente as capitais Salvador e São Luiz são cidades que têm problemas sociais parecidos com os que os jamaicanos enfrentam. Como podemos intercambiar soluções para estes problemas?

Temos observado várias ações aqui em seu país relacionadas às crianças, e esse é um aspecto que é muito importante para gente, de trazer o que está sendo feito no Brasil em relação aos jovens para a Jamaica. Têm sido feitas pesquisas em certas áreas, como a criminalidade, por exemplo, que é acentuada no Brasil e na Jamaica. Lá, nos preocupamos em trabalhar as famílias dos jovens para queajudem a reduzir a criminalidade também.

A embaixadora da Jamaica no Brasil, Alison Elizabeth Stone Roof, com Maurício Pestana, editor executivo da Raça Brasil | FOTO: Norman Kersting

A embaixadora da Jamaica no Brasil, Alison Elizabeth Stone Roof, com Maurício Pestana, editor executivo da Raça Brasil | FOTO: Norman Kersting

A senhora é jovem, mas já possui um profundo conhecimento do Brasil e dos negócios. Como iniciou a carreira diplomática?

Eu ingressei no serviço diplomático há 20 anos, mas minha formação é na área de relações internacionais. São duas áreas que se complementam, então houve uma mistura do lado diplomático com o lado de negócios que é necessária dentro do corpo diplomático. Claro que também tenho interesse em outras áreas como cultura e turismo, que também fazem parte do serviço diplomático. Este é ummomento importante entre Brasil e Jamaica, por causa da abertura da embaixada, e espero que possa haver um maior conhecimento dos países em todos os aspectos. Haverá certas atividades para promover melhor essas relações, lógico que com o tempo isso irá acontecer. A perspectiva é que essas atividades sejam feitas para promover visitas, para aproximar as universidades de Brasil, Jamaica e outros países também.

Existe um interesse muito grande dos jovens brasileiros em aprender inglês em outros países por meio de intercâmbio. A senhora tem planos para intensificar a relação estudantil entre os países?

Sim. Existe uma abertura para esse tipo de relação, e pelo que vejo há alguns alunos jamaicanos aqui no Brasil estudando, e também alguns alunos brasileirosindo para a Jamaica para aprender o inglês e estudar outras áreas. Estamos programando intensificar a visita de brasileiros à Jamaica, isso tem estadoa cargo da câmara do

comércio Brasil e Jamaica, que está focando inicialmente a questão turística, porque é uma forma de se ter uma perspectiva da verdadeira Jamaica.

O que a senhora tem a dizer aos brasileiros, sobretudo aqueles que veem a Jamaica apenas como a terra do reggae de Bob Marley?

Eu diria que a Jamaica tem mais a oferecer do que só o reggae. Somos um povo muito trabalhador, que tem lutado para unificar as raças. Também temos interesse em divulgar, para o mundo todo, o que a Jamaica realmente representa. Eu gostaria que as pessoas fossem até a Jamaica para conhecer e ver o que temos a oferecer. Temos uma população de 2,7 milhões, com pessoas em todas as partesdo mundo que representam uma parte do que a Jamaica é hoje.

Quer ver essa e outras entrevistas e reportagens da revista? Compre essa edição número 182.

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