PSG admite racismo para recrutar jogadores na base

PARIS, 09 NOV (ANSA) – O Paris Saint-Germain (PSG) está envolvido novamente em uma grande polêmica. De acordo com um dossiê publicado ontem (8) pela plataforma “Football Leaks”, o clube francês praticou discriminação racial para selecionar atletas para as categorias de base.

 

Algumas horas depois da informação ter sido publicada no jornal “Mediapart”, ela foi confirmada pelo próprio PSG. O clube disse ter aberto uma investigação interna para apurar os métodos utilizados pelos seus agentes na seleção de jogadores.

 

Segundo os dados do “Football Leaks”, alguns agentes catalogaram quatro “graduações” de acordo com a origem étnica do atleta para avaliar os jovens candidatos: “francês”, “do norte da África”, “das Antilhas” e “africano”.

 

O “Football Leaks” apontou que, na hora de fazer o registro e preencher as instruções dos atletas no computador, há um espaço em branco que, quando clicado com o mouse, mostra as quatro categorias para selecionar a etnia do jogador.

 

Neste método, baseado na etnia do adolescente, o PSG vetou em 2014 a contratação do meio-campista Yann Gboho, jogador da seleção francesa sub-17. O atleta, nascido na Costa do Marfim, é negro e defende atualmente o time B do Rennes. Gboho, na época, tinha 13 anos e suas atuações no FC Rouen teriam chamado a atenção de um dos agentes do PSG, Serge Fournier.

 

Segundo Marc Westerloppe, que na época era o líder da área de recrutamento do clube em diversos países, o PSG orientou ele para “equilibrar a diversidade”, por ter “muitos atletas de origem das Antilhas e africanos” na equipe.

 

“A Direção Geral do clube nunca teve conhecimento de um sistema de registro étnico dentro de um departamento de recrutamento nem o autorizava. Em vista das informações mencionadas, essas formas traem o espírito e os valores do Paris Saint-Germain”, afirmou o clube em um comunicado.

 

O Paris Saint Germain também informou que já está tomando medidas para combater o racismo dentro da equipe francesa, entre elas, a elaboração de um outro método de recrutamento de jogadores para as categorias de base focado no comportamento e habilidade do atleta.

 

Em outro caso de discriminação racial no futebol do país, a Federação Francesa de Futebol (FFF) foi acusada em 2011 de estabelecer um “sistema de cotas” para atletas descendentes de árabes e africanos nas equipes principal e de base.(ANSA)

 

Fonte:intoé

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