Voluntário na África

Conheça a história de Rogério Barbosa, professor que foi dar aula em Guiné Bissau

 

Texto: Osvaldo Faustino | Foto: Divulgação | Adaptação web Sara Loup

Rogério Andrade Barbosa | Foto: Divulgação

Rogério Andrade Barbosa | Foto: Divulgação

Rogério Andrade Barbosa, mesmo tendo cor clara, garante que é um afrodescendente graças ao avô negro. Graduado em Letras e pós-graduado em Literatura Infantil, esse contador de histórias, escritor e professor, já publicou 91 livros infantis e juvenis, em 20 anos de carreira (pelo menos metade sobre temáticas africanas).

Ele foi beber na fonte para assumir a missão de dar um “banho de África” na alma de estudantes e professores brasileiros: “Em 1979, eu li que a ONU estava convidando professores para trabalhar na Guiné Bissau, e me apresentei. Fui trabalhar num país muito pobre, mas com crianças muito interessadas e dedicadas em aprender.

“Ao retornar ao Brasil, em 1981, deu-se conta de que não havia praticamente nada para crianças sobre a cultura africana nas livrarias e feiras de livros. Sua primeira obra nesse gênero foi Bichos da África (Lendas e Fábulas), em quatro volumes, traduzido e publicado na Alemanha, Argentina, no México e nos Estados Unidos: “Mandei os originais para várias editoras e ouvi muitos nãos.  Aí, a Melhoramentos aceitou publicar.Vendeu um milhão de exemplares e ganhou um prêmio Jabuti. Larguei o magistério para me dedicar exclusivamente à literatura”, conta.

No período em que moravam na Guiné, Rogério e um amigo da Bahia viajaram por outros países africanos e ouviram muitas histórias. “Depois de meu retorno, voltei ao Continente Africano algumas vezes. Fui ao Egito, Marrocos, Angola, Tanzânia. Conheço 15 países da África e devo viajar em breve para a cidade sul-africana do Cabo.

Em Angola, nasceram dois de meus livros. Durante uma viagem recente a Moçambique, fui conhecer uma escola rural na divisa com a África do Sul e, das histórias ouvidas,nasceram outros dois: o de contos Karinganawa Karinganae NduleNdule, sobre as brincadeiras infantis que vi por lá.

”No ano passado também Madiba, o Menino Africano.Vários de seus livros, como Sundjata, o Príncipe Leão e Contos ao redor da fogueira, receberam a classificação de“Altamente recomendável para jovens”, ou “Altamente recomendável para crianças”, além de integrarem acervos e catálogos internacionais.

As obras ABC do Continente Africano, Uma ideia luminosa e Duula, a mulher canibal ocupam várias listas de obras recomendadas. Uma das atividades preferidas do autor é proferir palestras e cursos a professores sobre cultura africana.

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