Morre um dos maiores dignitários do Candomblé

Um dos maiores dignitários das Tradições Africanas no Brasil, Babalorisa Francisco D’osun, sendo também uma das mais brilhantes personalidades do Candomblé foi acolhido no dia 21/05 (sábado) por Oxalá e Oxum aos 68 anos de idade.

O seu legado foi de luta pela Religiões de Matrizes Africanas e pelo Movimento Negro, APNs, Ambiental, Ecumemismo, não será esquecida.

Presidente do Instituto Afro Ilè Asè Iyà Osun, João Francisco de Lima Filho, pai Francisco de Oxum, vivia em São Paulo há 36 anos. Nascido em Salvador, Bahia, João Francisco se torna Bàbálórìṣà Francisco de Òṣun, pelas mãos da Ìyálòrìṣà Hermelina Rodrigues Soares – Ìyálòrìṣà Meruca.

Como Bàbálórìṣà Francisco de Òṣun, além da atuação religiosa ministrava palestras e cursos sobre Candomblé.

No Bixiga João Francisco de Lima Filho participou com o Padre Toninho da Pastoral Afro Achiropita e como  dirigente Espiritual da Escola de Samba Vai Vai, por mais de 10 anos.

Para muitos a presença do pai-de-santo é uma novidade, se formos falar da forma em que as festividades religiosas tomaram forma dentro da Vai-Vai, mas quem conhece o quanto a religiosidade é parte integrante da cultura negra, sabe muito bem que foram nos terreiros de candomblé do Rio de Janeiro, e nas rodas de samba da tia Ciata, que surgiram as primeiras escolas de samba do Brasil, na década de 30. Ainda assim, a presença de santos e orixás, incansavelmente cantados nos desfiles carnavalescos dão a pista de que no terreiro de samba, tem muito axé!

Obras de João Francisco de Lima Filho

Ele foi autor de uma obra com conteúdo autobiográfico, elaborada a partir de uma palestra ministrada pelo Babalorixá Francisco de Oxum, em 2016, para estudantes da Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.

A comunicação do Babalorixá (em yorubá Bàbálórìṣà) Francisco de Oxum íntegra palavras em yorubá e português. Conhecer o candomblé pela perspectiva do Pai Francisco de Oxum permite ao(à) leitor(a) conhecer outro universo de comunicação, a ser esmiuçado e decifrado pelo(a) leitor(a) para ser amplamente compreendido. Há descrições de trocas de conhecimentos vindos dos trânsitos referentes às questões espirituais, inclusive com consultas a outros Babalorixás e Ialorixás. Compartilhar com o leitor a dimensão destes aspectos do candomblé, permite imersão em vivências ricas e particulares.

Ao final do livro, o leitor encontrará glossário das palavras em yorubá e algumas das fontes de pesquisa, cuja leitura é sugerida para a ampliação dos conhecimentos sobre o vasto universo do candomblé, não só como religião de matriz afro, mas como herança cultural da diáspora africana no Brasil.

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