Thelminha exalta a ancestralidade negra muçulmana em sua fantasia de Carnaval

O Carnaval de 2025 tem um significado ainda mais especial para Thelma Assis. Celebrando 20 anos de amor pela folia, a médica e campeã do BBB20 escolheu uma fantasia carregada de história e ancestralidade para desfilar pela Mocidade Alegre, no Sambódromo do Anhembi, neste sábado (1). Sua homenagem foi aos malês, como eram chamados os negros muçulmanos que, no século XIX, usaram a fé como força para resistir e lutar por transformação social.

Inspirada no enredo da escola, “Quem não pode com mandinga, não carrega patuá”, Thelma contou que sua fantasia traz um dos símbolos mais importantes dessa história:

“Como estou à frente do carro abre-alas, quisemos representar o patuá, essa bolsinha de couro usada pelos malês no pescoço, perto do coração. Além de ser uma homenagem, é um amuleto para trazer sorte para a nossa Mocidade Alegre”, explicou em entrevista à Marie Claire.

Nomeada Força Malê, a fantasia traz o patuá, um amuleto carregado de significado nas religiões de matriz africana. Pequena, mas poderosa, a bolsinha de couro guardava símbolos místicos, búzios, ervas e outros elementos que os malês acreditavam trazer proteção e sorte.

“Minha maior inspiração foram os negros muçulmanos que usaram a religião como uma ferramenta de resistência. Acho que uma fantasia de Carnaval se torna icônica quando conta uma história e carrega amor”, disse Thelminha.

Criada pela estilista Michelly X, com maquiagem assinada por Paulo Henrick, a fantasia também faz referência à devoção à lua e ao sol, importantes elementos da espiritualidade muçulmana.