{"id":37340,"date":"2024-12-26T17:00:00","date_gmt":"2024-12-26T17:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/revistaraca.com.br\/?p=37340"},"modified":"2025-03-18T18:56:29","modified_gmt":"2025-03-18T18:56:29","slug":"a-beleza-negra-esta-em-todos-os-tons","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/revistaraca.com.br\/a-beleza-negra-esta-em-todos-os-tons\/","title":{"rendered":"A beleza negra est\u00e1 em todos os tons"},"content":{"rendered":"\n
Diversidade e multiplicidade s\u00e3o elementos que comp\u00f5em a negritude desde o in\u00edcio. Quando nossos ancestrais africanos foram for\u00e7adamente aportados no Brasil, toda a variedade de culturas, corpos e identidades e etnias trazidas com com eles foi reduzida pelo colonizador branco \u00e0 condi\u00e7\u00e3o de escravizado.<\/p>\n\n\n\n
No Brasil, que ainda hoje \u00e9 estruturado pelo racismo, persiste a ideia de que o fen\u00f3tipo de pessoas brancas \u00e9 o ideal de beleza a ser alcan\u00e7ado e valorizado. Por isso, quanto mais clara a pele, mais liso o cabelo, mais finos os tra\u00e7os, menos preconceito racial essa pessoa s\u00f3 sofrer\u00e1. O colorismo \u00e9 justamente isso, o tratamento diferenciado em raz\u00e3o do tom da pele e tra\u00e7os f\u00edsicos. Trata-se de um mecanismo perverso, pois al\u00e9m de incentivar pessoas negras a tentar apagar suas marcas de negritude para serem mais bem aceitas socialmente, segrega e cria a ilus\u00e3o de inser\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o negra nos espa\u00e7os, enquanto mant\u00e9m a exclus\u00e3o de pessoas de pele escura.<\/p>\n\n\n\n
Por muito tempo, pessoas retintas foram lidas como feias simplesmente por n\u00e3o se enquadrarem nos padr\u00f5es da branquitude e a ind\u00fastria da beleza fortaleceu esse preconceito. Por um lado, ao n\u00e3o comercializar produtos e cosm\u00e9ticos para n\u00f3s, em especial as mais retintas – era simplesmente imposs\u00edvel encontrar uma base para o meu tom de pele -, e, por outro, ao oferecer produtos com a finalidade de nos tornar cada vez mais “embranquecidas”, passei anos sem me maquiar por me recusar ao tom errado!<\/p>\n\n\n\n
Felizmente aos poucos isso tem mudado, as principais ind\u00fastrias de beleza t\u00eam reconhecido nosso poder de consumo e a necessidade de tamb\u00e9m contemplar a parte preta da popula\u00e7\u00e3o, desenvolvendo produtos que respeitem nossa diversidade de tons, da pele negra mais clara \u00e0 mais escura.<\/p>\n\n\n\n
Quando falamos de beleza a partir de n\u00f3s mesmas, devemos nos desprender da narrativa convencional e pensar na pluralidade de cada tom de pele, cada tipo de cabelo, de corpo e tra\u00e7os. Reconhecer o belo em nossa diversidade n\u00e3o \u00e9 futilidade, \u00e9 uma forma de enfrentamento, empoderamento e liberdade para sermos o que somos.<\/p>\n\n\n\n
Nossa beleza n\u00e3o ser\u00e1 mais definida por padr\u00f5es outros, porque nos reconhecemos belas em toda nossa diversidade!<\/p>\n\n\n\n
Para celebrar mais essa conquista e reconhecimento da mulher preta, preparamos para voc\u00eas um editorial lindo com v\u00e1rios tons de pele negra com dicas de maquiagem para voc\u00ea colocar para fora a rainha que j\u00e1 est\u00e1 por dentro!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Diversidade e multiplicidade s\u00e3o elementos que comp\u00f5em a negritude desde o in\u00edcio. Quando nossos ancestrais africanos foram for\u00e7adamente aportados no Brasil, toda a variedade de culturas, corpos e identidades e etnias trazidas com com eles foi reduzida pelo colonizador branco \u00e0 condi\u00e7\u00e3o de escravizado. No Brasil, que ainda hoje \u00e9 estruturado pelo racismo, persiste a […]<\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":37326,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"om_disable_all_campaigns":false,"_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_joinchat":[],"footnotes":""},"categories":[191],"tags":[],"class_list":["post-37340","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-noticias"],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37340","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/4"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=37340"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37340\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":37341,"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37340\/revisions\/37341"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/37326"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=37340"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=37340"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/revistaraca.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=37340"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}