Cuca e racismo: crise aumenta no Corinthians em meio a Copa do Brasil
Nesta quarta-feira, 26, realizou seu jogo contra o clube Remo pela Copa do Brasil. Após perder por 2 a 0 no jogo de ida para o Remo, a equipe se recuperou e em um jogo sofrido levou a decisão para as penalidades máximas onde acabou vencendo a equipe paranaense por 5×4.
Mas no clube não estão mil maravilhas. Além da contratação conturbada do técnico Cuca na qual o mesmo pediu demissão na noite de ontem após a partida e não faz mais parte do elenco. Na última segunda-feira, 24, a crise no Corinthians aumentou ainda mais. No dia em que o conselho deliberativo alvinegro aprovou as contas de 2022, um ato racista se tornou o principal tema de debate. Isso porque Luiz Ricardo Alves, mais conhecido como Seedorf, teria sido chamado de “neguinho” por outro conselheiro do clube.
Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, teria sido o responsável por ter cometido o ato racista. Em entrevista para o “GE”, ele contou que não proferiu esse tipo de fala para Seedorf, mas avisou que: “A gente estava longe. Falei “amiguinho, fica quieto”, e ele entendeu “neguinho”. Tem gente que sabe que não falei, mas tem gente que está querendo aparecer e vai dizer que falei isso. E outra, eu não falei. Mas se tivesse chamado de “neguinho”, estaria mentindo?”
Enquanto isso, Seedorf rebateu e explicou o que teria acontecido: “Eu estava na reunião do Conselho, num dado momento tinha uma pessoa falando no microfone, e algumas pessoas no canto direito começaram a fazer um alvoroço. Pedi que deixassem que a pessoa falasse. Nesse momento, Manoel Evangelista gritou “cala a boca, neguinho, vai tomar no c…”. Eu já tive problemas desse tipo anteriormente, mas sempre via WhatsApp, que não era um meio oficial”.
Somos seres humanos, e ninguém é mais do que ninguém. Hoje ele tentou me rebaixar novamente diante de todo o Conselho. Não cabe mais esse tipo de coisa”, finalizou.