22 anos de (r)existência Raça segue privilegiando os interesses da comunidade negra

Setembro de 1996. Uma revolução no mercado editorial nascia. Inicialmente com ela nome de Raça Brasil, chegava às bancas a maior publicação do segmento negro na América Latina.

Nas páginas da publicação, desde então, a autoestima do negro em nosso país esteve em evidência. Por aqui sempre circularam anônimos, artistas, intelectuais, políticos, formadores de opinião, quem quer que contribua para a valorização da cultura e o fortalecimento da autoestima de homens e mulheres afrodescendentes brasileiros, favorecendo assim a construção de uma sociedade livre de preconceito e intolerância.

Longe de ser apenas um movimento social a RAÇA potencializou a juventude negra que não se via retratada em revistas. Destaca desde a 1ª edição todo e qualquer assunto que exalte e evidencie homens e mulheres negros em todos os aspectos. A partir da existência da publicação, a mídia favorável ao negro deixou de existir apenas para o Rei Pelé. Dando vez e voz à afrodescendência a RAÇA, em sua 202ª edição, segue como maior fenômeno editorial na história do Brasil. A primeira edição vendeu 270 mil exemplares, recorde que se mantém imbatível até hoje.

Ao longo desses 22 anos, profissionais gabaritados nas mais diversas áreas da Comunicação ajudaram a escrever essa promissora história, que desde 2017 está sob a responsabilidade da Pestana Publicações.

Atender aos anseios de 54% da população brasileira segue como um prazeroso desafio para a RAÇA. Nossa luta e resistência são fincadas no trabalho. Somos negros. Somos consumidores. Entendemos que a informação, a educação, a arte e a participação política são fundamentais para nossa continuidade. Debatemos o racismo, discutimos a conscientização e valorização da figura do negro na sociedade.

Capa da edição número 2, ao lado da filha, Camila Pitanga, Antonio Piranga ressalta a importância da RAÇA.

“A vida longa da revista numa luta que não é fácil, é de suma importância. Qualidade, espaço para a fotografia, a alma negra! Essa revista que já veio com um olhar na questão do gênero, com negros vencedores, de maneira muito generosa e com olhar para esse universo também dos mais velhos que fizeram a história, abrindo as portas para que outros pudessem trabalhar. A beleza está na alma de quem é o profissional da TV, do cinema, teatro, literatura, no judiciário, negros em todas as áreas estratégicas. É uma janela, uma revista que abre um espaço muito importante.”

Piranga ainda destaca a necessidade de prosseguir.

“É claro que queremos mais! Muito mais! Há uma dívida histórica e o entendimento da importância da revista está implícito nisso. Vida longa para essa publicação que é um passaporte décima identidade reveladora do Brasil! Somos negros! Negros brasileiros que fizemos esta nação. Somos o braço construtor desta nação! Somos raça!”

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