36ª Bienal de São Paulo terá Bonaventure Ndikung como curador

Bonaventure Soh Bejeng Ndikung nascido em Camarões e atualmente radicado em Berlim, capital da Alemanha será o curador da 36ª Bienal de São Paulo, ele que é um antigo estudioso das obras do artista brasileiro e multifacetado Abdias do Nascimento, um dos maiores defensores da cultura e igualdade para os afrodescendentes no país.A responsável pela escolha foi Andrea Pinheiro, a nova presidente da Fundação Bienal de São Paulo, juntamente como a vice-presidente, Maguy Etlin, o presidente do Conselho Administrativo, Eduardo Saron e um grupo do Conselho composto por cinco integrantes.

Com um currículo invejável, Bonaventure é diretor e curador geral da HKW (Haus der Kulturen der Welt), em Berlim desde 2023. E no segundo semestre de 2025 vai comandar o projeto da Bienal de São Paulo, com o apoio de toda sua equipe. O camaronês já esteve no Brasil recentemente, em 2018 no Rio de Janeiro participando da 7ª edição da Flup – Festa Literária das Periferias e em 2022 para a Conferência Internacional de Museus. Já assinou outras bienais pelo mundo como a de Arte Contemporânea Africana de 2018, em Dacar no Senegal, e o Pavilhão Finlandês de 2019, em Veneza. Antes, fundou em 2009 na Alemanha um espaço de arte, convivência e plataforma discursiva, o SAVVY Contemporary.

O que faz da Bienal de São Paulo, uma das mais importantes do mundo, além de ser uma das mais antigas, é ela ter entrada gratuita, pois é pensada para o seu povo. Essa foi também uma das motivações que fizeram Bonaventure aceitar o convite para a curadoria. Ndikung explica que a Bienal brasileira, faz mais do que expor trabalhos e obras de arte, ela tem a oportunidade de criar um futuro humanitário e mais justo, pois está ligada diretamente as questões socioeconômicas, geopolíticas e ambientais do mundo.

Por Sabrina Andrea @sabrandrea

Foto/Divulgação: @bienalsaopaulo / @bonaventurendikung

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