5 cantores negros que você precisa conhecer e ouvir
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- agosto 7, 2022
Por: Jaice Balduino e Luan Lima
A RAÇA se preocupa muito com o consumo da cultura negra. E consumir cultura através da música é melhor ainda.
As músicas africanas foram trazidas pelos escravos para os países americanos, onde se desenvolveram novas técnicas com novos instrumentos, formando variados gêneros musicais que consolidaram a vida de muitos negros.
A Música Negra no Brasil ganhou maior registro no final da década de 60 com os Bailes Black, festas onde tocavam discos de Funky e Soul. Mais tarde, após o auge do movimento soul, outros estilos musicais como o Miami Bass, Rap, Reggae, estiveram presentes. Nesse contexto, acontecia a Ditadura Militar, o que impossibilitou as músicas negras brasileiras de terem alta politização, mas não as impediu de serem uma importantíssima afirmação estética e cultural da comunidade negra, além de ter proporcionado uma melhora na autoestima dos membros desta, por meio da possibilidade que surgia de terem mais voz na sociedade.
A capacidade da música para atuar como um fator de ligação forneceu a cultura negra um forte senso de conectividade.
E pensando nisso, a RAÇA preparou uma lista de talentos musicais que estão produzindo música de qualidade que você precisa conhecer e ouvir.
Confira:
AGNES NUNES
Filha de uma professora universitária, a cantora nasceu em Feira de Santana, na Bahia, e mudou-se aos nove meses para o sertão da Paraíba.
A história da jovem na música começou em casa, onde gravava com o celular o que tocava e cantava. Ela começou a compartilhar covers de músicas de sucesso no Instagram e em um canal no YouTube em 2017. Os vídeos rapidamente viralizaram e a jovem alcançou mais de 600 mil inscritos.
No início de 2022, a artista lançou seu primeiro álbum. O trabalho intitulado “Menina Mulher” mostra um lado mais intimista de Agnes, com composições sobre momentos singulares da vida da moça. Além disso, a baiana ainda possui o projeto “Abre Alas”, onde convida grandes artistas da música brasileira para dividir o palco.
FELIPE ou BIG THE KIID
BIG THE KIID como é conhecido, foi criado na Zona Sul de São Paulo e viu a música entrar em sua vida através do Samba. Desde muito pequeno acompanhava a banda da sua família nos shows.
BIG THE KIID conheceu o RAP aos 10/11 anos de idade e se identificou rapidamente, podendo entender como a música unida a um propósito pode alcançar muitas pessoas.
Hoje a carreira do cantor está 100% voltada ao gênero Gospel: “Utilizo dessa plataforma para levar a mensagem em que acredito que ainda assim, protestar contra tudo que nos impede diariamente a viver de forma pacífica e, como um artista negro, uso do meu espaço sempre de forma única para expressar como vivo, como quero ver a minha vida e luto pela melhoria. Ou seja, ao mesmo tempo que minha mensagem leva paz e transformação, também trago protesto e indignação.”
MELLY
A artista soteropolitana Melly já acumula mais de 300 composições escritas em português e em inglês. Em 2021, a artista iniciou uma nova fase para sua carreira, se consolidando como um novo nome do R&B brasileiro.
Melly é uma mistura gostosa das suas referências: Amy Winehouse com Nina Simone, com a brasilidade de Tim Maia, o romance de Djavan e o groove de quem tem dendê correndo pelas veias.
JOTA PÊ
De uma família musical, o paulista hoje se dedica à MPB, mas já teve banda de rock na adolescência e fez faculdade de Design Digital. Com vertentes que vão de Jorge Ben a Caetano Veloso, passando pelo manguebeat de Chico Science, o cantor lançou seu primeiro álbum “Crônicas de um Sonhador” em novembro de 2015, e recentemente o EP “Garoa” com produção de Lucas Mayer e participação de grandes músicos como Marcelo Mariano e Kabé Pinheiro. O artista já se apresentou no TEDx, Memorial da América Latina, Rio2C, Show Livre e outros, além de participar do The Voice Brasil 2017, sendo considerado por Lulu Santos uma das melhores vozes de todas as temporadas do programa. Em 2020, participou com seu projeto em duo “ÀVUÀ” do disco em homenagem a Adoniran Barbosa chamado “Onze” indicado ao Grammy 2021, o álbum reunia grandes intérpretes como Elza Soares e Zeca Baleiro.
ASAPH LEMOS
Mais conhecido como Zaza, ou Rasteirada é um músico underground, criado no Jardim Selma em São Paulo. Desde muito pequeno, a música entrou em sua vida, tocando bateria na igreja, e sempre curtindo ouvir um rap.
Começou participando da banda TudoDeusTio como vocal, e depois seguiu carreira solo.
As letras, com as batidas contagiantes fazem de Zaza um artista versátil.
Asaph lançou seu último trabalho intitulado: “Antes da Terapia” que acumula um sucesso de plays no Spotify, consolidando o jovem Asaph como um dos músicos mais importantes da atualidade gospel.
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