BATE PAPO COM A JOGADORA MARTA

Confira trechos da entrevista com a jogadora de futebol Marta

 

TEXTO: Carolina Rossini | FOTOS: FIFA e Divulgação | Adaptação web: David Pereira

A jogadora Marta recebendo prêmio da FIFA | FOTO: FIFA

A jogadora Marta recebendo prêmio da FIFA | FOTO: FIFA

A brasileira Marta já conquistou 5 vezes o prêmio de melhor jogadora de futebol do mundo, oferecido pela FIFA. Veja trechos da entrevista com Marta:

De que modo você acredita que o futebol pode ajudar uma nação?

Como uma grande força mobilizadora e de união, pois em um único time ou partida, podem jogar pessoas de diferentes culturas, classe social, cor, religião e sexo.

O futebol feminino é um esporte ainda não muito valorizado no país. O que te manteve firme para seguir na profissão de jogadora?

O sonho de chegar a me tornar uma atleta profissional, jogar pelo meu país, ajudar minha família e ser reconhecida mundialmente. Tudo isso fez com que eu não desistisse diante dos obstáculos.

Qual o maior obstáculo que você teve que enfrentar para chegar onde está?

A falta de incentivo e de recursos.

Por todas suas conquistas, você é um grande exemplo para muitas mulheres. O que diria para aquelas que sofrem preconceito e lutam para conquistar um lugar em um mundo quase predominantemente masculino?

Eu diria que nada é impossível quando se tem um objetivo na vida, quando se tem um sonho.

Como foi a sua infância em Dois Riachos? Sua família te apoiou na decisão de ser jogadora?

Vivia nos campos de futebol da cidade, só parava quando estava no colégio. Minha família não era muito a favor, pois naquela época não havia tantas meninas interessadas em praticar o futebol, eu era a única na cidade.

Marta com a presidente Dilma | FOTO: Divulgação

Marta com a presidente Dilma | FOTO: Divulgação

Infelizmente vemos muitos casos de preconceito contra jogadores negros nos estádios, principalmente na Europa. Isso já aconteceu com você ou alguma companheira?

Nunca tive nenhum tipo de preconceito desse tipo, nem presenciei algo assim.

Qual foi o melhor momento da sua carreira até hoje?

São vários, mas acho que a conquista da medalha de prata (nos Jogos Olímpicos) em Atenas (2004) e a final dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Estes foram marcantes.

E o pior?

A final do mundial, em 2007, contra a Alemanha (Brasil perdeu por 2×0).

Se não fosse jogadora de futebol, que profissão gostaria de ter?

Gosto muito de música, então poderia ser qualquer coisa voltada para a música.

 

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