Evaldo Braga: um fenômeno negro da música no início dos anos 70 que o Brasil esqueceu
Evaldo Braga faleceu em 31 de janeiro de 1973 aos 27 anos
Evaldo Braga faleceu em 31 de janeiro de 1973 aos 27 anos, em Campos dos Goytacazes. O jovem músico teve uma carreira curta, mas de muito sucesso que, infelizmente, pela morte precoce, ficou perdida do tempo e é pouquíssimo lembrada.
Braga foi um cantor e compositor brasileiro, um dos maiores sucessos da música brega e da black music nacional que começou sua trajetória musical em 1969, quando conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro. Que o levou para gravar seu primeiro disco, um compacto chamado “Só quero”. O trabalho de Evaldo Braga atingiu o topo das paradas musicais e vendeu mais de 150 mil cópias em 1971.
O cantor não conheceu a mãe biológica, que segundo contam era garota de programa. Ainda criança foi tirado das ruas, viveu a infância e a adolescência na Funabem, para onde menores em situação de rua eram enviados, conhecido hoje como Fundação Casa.
Evaldo trabalhou como engraxate na porta de rádios e gravadoras até conseguir uma oportunidade de ser visto e reconhecido como cantor e quando alcançou o auge, morreu em um acidente de carro, à caminho do programa do Chacrinha.
Sucessos como “Sorria, Sorria”, “A cruz que carrego” e “Tudo que fizeram para me derrotar” e “Eu não sou lixo” reverberaram nas rádios e foram esquecidos quando Evaldo Braga morreu.
Em 2017, o jornalista e escritor Gonçalo Junior lançou pela Editora Noir a biografia “Eu não sou lixo – A trágica vida do cantor Evaldo Braga”. Em entrevista para o jornal O Globo, ele disse: “Em primeiro lugar, o que me chamou a atenção foi a tragédia. Depois, a brevidade de sua vida. E, por fim, o talento dele, em vários sentidos. O que justifica o livro é que Evaldo Braga foi um fenômeno, um cometa que passou sem deixar rastros “, explicou.
De certo, a música de Evaldo Braga deve ser reconhecida e celebrada, assim como seu talento.