Como prevenir a obesidade infantil
Veja algumas recomendações para prevenir a obesidade infantil
TEXTO: Renato Bazan | FOTO: Divulgação | Adaptação web: David Pereira
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) alerta que cabe aos pais iniciar a educação alimentar dos filhos, e que há erros que podem evitar. Não dizer “sim” a cada pedido e jamais oferecer comida como recompensa são grandes passos para educá-las bem. Lanches fora de hora, distrações durante a refeição e ceder ao primeiro “não quero” devem ser evitados. Ter um médico responsável pelo acompanhamento da criança é essencial.
A prevenção da obesidade infantil, porém, pode começar muito antes disso. Há diversos estudos que convergem, hoje, para a conclusão de que existe uma relação entre o ganho de peso excessivo da mãe durante a gravidez e um maior peso da criança no nascimento. Seguindo essa corrente, outros testes revelam que o rápido ganho de gordura durante o primeiro ano de vida é fator de risco para o sobrepeso infantil, e que crianças obesas têm uma chance muito grande de permanecerem em sobrepeso pelo resto de suas vidas. O primeiro passo, portanto, começa nos primeiros meses de gestação.
Uma unanimidade entre os estudiosos do campo é relação benéfica da amamentação e de um sono bem regrado com a regulagem do peso da criança. Além do óbvio incentivo às atividades externas e a introdução de vegetais na mesa, o dr. Richard White, grande autoridade de saúde pública, costuma citar outros esforços que os pais precisam empenhar para manter os filhos longe dos quilos extras: preparar lanches saudáveis, moderar o uso de condimentos e reduzir o tempo de uso de mídias (TV e videogames, em particular) são hábitos que evitarão o arraigamento de maus comportamentos, assim como atividades físicas durante 60 minutos do dia (que podem ser simples brincadeiras infantis).
No fundo, o principal é que os pais devem se preocupar com a formação de preferências futuras. Criar gosto pela movimentação desde cedo, apresentar esportes e brincadeiras e retratar alimentos saudáveis de uma forma favorável é fundamental para a saúde da criança e do futuro adolescente. “Não adianta falar só do que faz mal, do que não pode. Tem que apresentar também alternativas saudáveis que sejam gostosas”, explicou à Raça Brasil a Dra. Maria Luiza, coordenadora médica da região do Jaçanã/Tremembé.
Quer ver esta e outras matérias da revista? Compre esta edição número 186.