Bate-Papo com a atriz Nanda Lisboa
Confira trechos da entrevista com a atriz Nanda Lisboa
TEXTO: Fernanda Alcântara | FOTO: Kadão Costa | Adaptação web: David Pereira
Leia abaixo trechos da entrevista com a atriz Nanda Lisboa:
Você sempre quis ser atriz?
Na verdade, eu sempre quis ser modelo, tanto que comecei nessa profissão aos 11 anos. Com a mudança para São Paulo e o grande volume de trabalho, procurei cursos de interpretação, mas, inicialmente, apenas com a intenção de ir melhor nos testes de vídeo. Depois, fui me dando conta de que precisava montar um personagem a cada dia, a cada trabalho: num dia eu era uma mulher sensual para catálogo de lingerie, no outro, uma menina moleca para moda jovem ou mulher séria e centrada para Dia das Mães. E foi aí que nasceu o interesse pela interpretação.
Ser nordestina e negra dificultou muito o início da sua carreira?
Um pouco. Desde novinha, nos concursos, via as loiras ganharem quasesempre. Nos testes para comerciais, a proporção era de uma vaga para negros e cinco para brancos. No início, eu não pegava nenhum trabalho de vídeo por causa do sotaque de nordestina, por isso tive que neutralizá-lo para começar a trabalhar nesta área. Porém, os modelos do sul e sudeste eram bem aceitos com seus diversos sotaques.
Você passou por preconceitos raciais e sociais?
Em São Paulo, passei por várias situações em entradas de balada e restaurantes. Por exemplo, diziam para mim: “Desculpa, a casa tá lotada!”. Mas qualquer branco que aparecia do meu lado entrava na casa.
Como você enxerga o papel social do ator?
Acho de extrema importância aproveitar as oportunidades que os personagens nos dão para dar bons exemplos, para inspirar as pessoas.
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