Paris 2024: Daiane dos Santos fala contra o racismo após vitória de Rebeca Andrade

Considerada uma das maiores ginastas brasileiras de todos os tempos, Daiane dos Santos destacou a representatividade do pódio na Arena Bercy, na França, composto por três mulheres negras.

Ao comentar sobre a vitória de Rebeca Andrade, que conquistou a medalha de ouro no solo da ginástica em Paris 2024, nesta segunda-feira (5/8), a ex-ginasta e comentarista Daiane dos Santos fez um importante questionamento em um discurso contra o racismo ao vivo na TV Globo. Considerada uma das maiores ginastas brasileiras de todos os tempos, Daiane salientou que o pódio na Arena Bercy, na França, foi composto por três mulheres negras: as americanas Simone Biles e Jordan Chiles ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Dessa forma, a comentarista destacou a importância da representatividade dessas atletas no combate ao racismo.

Daiane, inclusive, também citou o constante enfrentamento do craque Vinícius Júnior, jogador da Seleção Brasileira e do Real Madrid, contra os racistas nos jogos de futebol na Espanha. Entretanto, como é o tratamento a esses atletas de alto nível quando eles não conquistam medalhas e títulos? Esse foi o cerne da questão levantada pela ex-ginasta, que viralizou nas redes sociais.

“A gente tem que lembrar e observar a importância da pessoa preta para o esporte brasileiro e mundial”, iniciou Daiane dos Santos. “As três melhores do mundo no solo são mulheres pretas. Num momento em que vivemos tantos ataques de preconceito racial, com Vinícius Júnior à frente pedindo para as pessoas pararem de observar a cor da pele e observar o talento, a Rebeca falou sobre representar a todos. Sim, ela representa a todos. Mas a representatividade de 56% de uma nação que é excluída, subjugada e que quando ganha é pertencente, mas quando não ganha?”, questionou.

Ataque contra Biles

Na sequência de sua análise, Daiane dos Santos relembrou que Simone Biles foi alvo de ataques racistas e outros questionamentos em seu próprio país quando desistiu dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 por causa de um bloqueio mental.

“A maior atleta da ginástica da história sofreu diversos ataques por conta do cabelo, da cor… E hoje a gente tem esse brinde com três mulheres pretas encerrando a competição”, destacou.

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