Idosos de origem afrodescendente dormem menos
UM ESTUDO PUBLICADO NA REVISTA “FRONTIERS IN HUMAN NEUROSCIENCE” ASSOCIOU SONO E MEMÓRIA ENTRE OS IDOSOS E OS NEGROS, INDEPENDENTEMENTE DA IDADE. PESQUISADORES DO GEORGIA INSTITUTE OF TECHNOLOGY, NOS ESTADOS UNIDOS, APONTARAM QUE OS IDOSOS QUE DORMEM POUCO OU QUE DORMEM MAL TÊM MAIS DIFICULDADES PARA LEMBRAR DO PASSADO. OS CIENTISTAS ACOMPANHARAM 50 ADULTOS EM ATLANTA E IDENTIFICARAM DIFERENÇAS ETÁRIAS E RACIAIS IMPREVISTAS.
Audrey Duarte, professora da Escola de Psicologia da Georgia Tech e pesquisadora-chefe do Laboratório de Memória e Envelhecimento, afirmou que a pesquisa associou sono e memória entre os idosos e os negros, independentemente da idade. O objetivo dos cientistas era identificar a maneira como as pessoas dormiam normalmente e como seus padrões de sono iam mudando com o tempo. Acelerômetros colocados nos pulsos dos participantes mediram a duração e a qualidade do sono durante um período de sete noites.
Na sequência, as ondas cerebrais dos participantes foram analisadas em laboratório enquanto eles tentavam recordar os pares de palavras que lhes haviam sido mostrados anteriormente. Os adultos mais velhos apresentaram os piores resultados no teste, como previam os pesquisadores.
A maior surpresa foi diante do desempenho dos negros, que dormiam 36 minutos menos que outros adultos, o que resultou na diminuição de 12% na atividade cerebral relacionada à memória.
Outro estudo, publicado na revista “Current Biology”, conclui que não há vantagens em usar o final de semana para recuperar o sono perdido nos dias úteis. O chamado sono de recuperação de fim de semana não parece ser capaz de impedir a desregulação metabólica provocada pelo sono insuficiente da semana.