Ilu Oba e banda Dida nesta tarde de sábado em encontro histórico no Pelourinho
O encontro entre Ilu Oba e Banda Dida, dois grupos de mulheres negras percurcionistas, promete ser um marco histórico na luta contra o racismo e o sexismo no Brasil.
O evento, que ocorrerá neste sábado a partir das 15h00 no Pelourinho, Salvador, é uma declaração de resistência e empoderamento das mulheres negras.
A escolha do Pelourinho como local do encontro não é casual. Este espaço histórico, onde ocorreram inúmeras atrocidades contra escravizados africanos, é agora palco de resistência e reivindicação. Ilu Oba e Banda Dida desafiam o status quo, reivindicando espaço e voz.
As propostas revolucionárias apresentadas pelos grupos são frutos de uma luta secular. A percurção, como expressão cultural, é instrumento de libertação. Cada batida, cada ritmo, cada gesto carrega consigo a memória da resistência.
A união desses dois grupos é emblemática. Ilu Oba, com sua proposta de percurção afro-feminista, e Banda Dida, com seu trabalho de valorização da cultura afro-brasileira, juntas, formam uma força inigualável.
O evento também destaca a importância da interseccionalidade. As mulheres negras, frequentemente marginalizadas, encontram no encontro um espaço de expressão e reivindicação. É uma crítica contundente ao sistema patriarcal e racista.
A presença desses grupos no Pelourinho é um ato de desafio e reivindicação. É dizer: “Estamos aqui, somos fortes, somos resistentes”. O evento é um chamado à reflexão sobre o legado colonial e escravocrata.
É fundamental reconhecer o impacto desse evento na sociedade brasileira. Ilu Oba e Banda Dida inspiram novas gerações de mulheres negras a se levantarem contra a opressão. O encontro é um testemunho da força e da resiliência.
O legado desse evento perdurará. Ilu Oba e Banda Dida deixarão marca indelével na luta contra o racismo e o sexismo. O Pelourinho, outrora símbolo de opressão, se tornará um ícone de resistência.
Créditos: Maneco e Daniela Berzuini
Fotografo: Wanderlei Yurieste