Paul Tazewell faz história como primeiro homem negro a vencer o Oscar de Figurino, e Brasil conquista sua primeira estatueta
A noite do Oscar 2025 foi histórica em muitos sentidos, mas um momento em especial brilhou mais forte: Paul Tazewell se tornou o primeiro homem negro a vencer na categoria de Melhor Figurino. O artista, responsável pelo deslumbrante trabalho em Wicked, subiu ao palco visivelmente emocionado e fez questão de ressaltar a importância desse reconhecimento:
“Obrigado, Academia, por essa honraria muito significativa. Eu sou o primeiro homem negro a receber um Oscar de Melhor Figurino.”
O público reagiu com aplausos de pé, e o apresentador Conan O’Brien reforçou o feito após o intervalo, garantindo que o momento não passaria despercebido. Antes de Paul, apenas Ruth E. Carter havia conquistado a estatueta na categoria, com Pantera Negra e sua sequência. Agora, ele entra para a história do cinema e da representatividade negra na maior premiação do mundo.
E essa não foi a única grande conquista da noite. O Brasil finalmente levou para casa seu primeiro Oscar, com a vitória de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, na categoria de Melhor Filme Internacional. A vitória pegou muitos de surpresa, já que o favorito da categoria era Emilia Pérez, da França.
A revista Variety classificou o momento como um dos grandes choques da premiação:
“Dadas as 13 indicações de ‘Emilia Pérez’ contra as três de ‘Ainda Estou Aqui’, parecia estatisticamente provável que o primeiro levaria a estatueta. Mas, para a alegria do Brasil, ‘Ainda Estou Aqui’ prevaleceu.”
O Hollywood Reporter destacou o impacto do filme, que revisita um dos momentos mais dolorosos da história brasileira e traz um olhar sensível sobre memória e justiça. Já no palco, Walter Salles dedicou o prêmio à verdadeira protagonista dessa história, Eunice Paiva, e às mulheres que deram vida ao filme, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.
O Oscar 2025 não foi apenas uma noite de estatuetas. Foi uma noite de reconhecimento, de visibilidade e de reafirmação da importância da diversidade no cinema. Com Paul Tazewell marcando seu nome na história e o Brasil finalmente conquistando sua primeira vitória, essa será uma edição lembrada por muito mais do que os prêmios, mas pelo que eles representam.