Universidade de Vassouras leva sustentabilidade e qualificação ao Carnaval do Rio

Universidade de Vassouras participa de projeto sustentável no Carnaval do Rio de Janeiro com apoio da Revista RAÇA

A Universidade de Vassouras (Univassouras), sob a gestão do reitor Marco Antonio Soares de Souza, está desempenhando um papel fundamental em um projeto inovador que une sustentabilidade e qualificação profissional no Carnaval do Rio de Janeiro. O projeto, fruto de uma parceria com a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e com apoio da Revista RAÇA, busca transformar a indústria carnavalesca com foco na gestão de resíduos e na capacitação de trabalhadores.

A complexidade do Carnaval e seus impactos ambientais

“O Carnaval do Rio, hoje, é uma grande indústria que emprega milhares de pessoas, gera inúmeros postos de trabalho e movimenta um volume financeiro fabuloso”, explica Marco Antonio Soares. No entanto, ele destaca que a gestão de resíduos é um desafio pouco visível para o público. “Visitei a Cidade do Samba e vi a imensa quantidade de material descartado, sendo boa parte reciclável. A partir dali, pensamos em como resolver primeiro a questão da reciclagem e, depois, avançar para outras áreas.”

Soares compara os galpões das escolas de samba a unidades industriais altamente sofisticadas. “O que vi no galpão da Unidos da Viradouro foi impressionante. Os designers criam fantasias que são verdadeiras obras de arte, e 95% delas nunca chegam à avenida. Essa indústria enfrenta desafios como qualificação de mão de obra, gestão de resíduos e questões tecnológicas. O grande público não tem essa percepção”, destaca.

Qualificação profissional e impacto social

A Universidade de Vassouras foi convidada a integrar o projeto, oferecendo qualificação e certificação profissional para os trabalhadores envolvidos na indústria do Carnaval. “Fomos reconhecidos como uma instituição filantrópica séria e comprometida com causas sociais e ambientais”, afirma Soares. Ele destaca ainda a importância da parceria com a Revista RAÇA, que proporcionou visibilidade ao projeto e ajudou a atrair novos parceiros, como a Caixa.

O impacto social da iniciativa é expressivo. “Estamos falando de milhares de pessoas envolvidas. Esse projeto não se restringe ao Carnaval. Queremos manter essas pessoas ativas o ano inteiro, proporcionando oportunidades de forma permanente”, enfatiza. Segundo Soares, algumas dessas ações incluem a oferta de cursos profissionalizantes que permitem aos trabalhadores ampliarem suas habilidades e fontes de renda fora do período carnavalesco.

“Se considerarmos a população negra das comunidades cariocas que será impactada, estamos falando de mais de um milhão de pessoas afetadas direta ou indiretamente”, afirma. “Para cada pai de família que recebe um diploma e consegue gerar renda além do Carnaval, estamos promovendo uma transformação real.”

Educação como ferramenta de transformação

Soares enfatiza o potencial transformador do projeto, que abrange desde a educação básica até a pós-graduação. “Vamos fornecer oportunidades reais para muitas pessoas. É um paraíso para quem acredita na educação como ferramenta de transformação.

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