Líder da Igreja Católica destacou o combate ao racismo e à desigualdade em sua trajetória. O Pontífice morreu nesta segunda-feira (21/04)
Morreu nesta segunda-feira, um dia após a celebração da Páscoa, no Vaticano, o Papa Francisco. Nascido na Argentina, Jorge Mario Bergoglio construiu sua trajetória na Igreja Católica com foco nos mais vulneráveis.
Desde que assumiu o pontificado em 2013, deixou claro que a Igreja precisava enfrentar as desigualdades em todas as esferas — sociais, econômicas, ambientais e étnicas.
Em uma de suas encíclicas mais relevantes, publicada em 2020, o Papa abordou diretamente o racismo, classificando-o como um mal persistente.
“O racismo é um vírus que muda facilmente… está sempre à espreita”, escreveu. Ele alertou sobre a presença do preconceito em “formas de nacionalismo fechado e violento, atitudes xenófobas, desprezo e até maus-tratos”.
É importante destacar que essa mensagem também ecoa como um posicionamento institucional da Igreja frente a um passado marcado pela omissão e até colaboração com práticas racistas. Embora, já em 1639, a Igreja tenha determinado a excomunhão de quem escravizasse povos originários nas Américas sob domínio de Portugal, o envolvimento com o tráfico de pessoas escravizadas marcou negativamente a história da instituição.
Com informações da CNN Portugal e da Agência Brasil.
Crédito da foto: Tânia Rêgo/ABr