Revista Raça Brasil

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Casos de racismo crescem em Portugal, mas vítimas ainda têm medo de denunciar

Dados oficiais revelam alta nas queixas por discriminação, mas psicóloga aponta que a maioria das agressões segue invisível — e impune

Com a crescente ida de brasileiros e inclusive pessoas negras de outros países para Portugal nos últimos anos, a discrminação racial passou a ser assunto recorrente na mídia daquele país. 

Recentemente o jornal Diário de Notícias evidenciou o aumento do n;umero de denúncias recebidas pela Guarda Nacional Republicana (GNR). Os dados da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP) mostram que, entre 2021 e 2024, as forças de segurança portuguesas receberam quase mil denúncias por discriminação, racismo, xenofobia e incitação ao ódio. Só a GNR contabilizou 160 queixas até março deste ano.

Ainda que o número de denúncias tenha aumentado, especialistas sempre alertam que eles podem ser apenas a ponta de um iceberg, porque a grande maioria das vítimas ainda hesita em denunciar. 

O racismo em Portugal, muitas vezes sutil, se expressa em atitudes cotidianas difíceis de comprovar, mas profundamente violentas. Crianças negras, por exemplo, relatam que suas capacidades são constantemente subestimadas por professores. Adultos se queixam de avaliações mais rígidas no trabalho e de um padrão que associa seus erros à suposta incapacidade. Algo muito similar ao que acontece no Brasil e aqui chamamos de racismo velado. 

 

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