Pela primeira vez, a alma da música preta brasileira vai ocupar com força e merecimento o centro de um dos maiores festivais do país. No João Rock 2025, que acontece no dia 14 de junho em Ribeirão Preto (SP), artistas negros não serão apenas parte do evento — eles serão o coração pulsante dele.
Neste ano, o Palco Brasil será inteiro dedicado à música negra brasileira. Um gesto simbólico, mas também urgente, que reconhece a riqueza cultural, a ancestralidade e a potência de artistas que ajudaram a construir a trilha sonora do nosso país. Ali, gêneros como samba-rock, soul, funk e charme vão ecoar nas vozes e nos instrumentos de nomes como Seu Jorge, Sandra de Sá, Tony Tornado, Paula Lima, Hyldon, Cláudio Zoli, Carlos Dafé e muitos outros que levam nas canções histórias de luta, amor e liberdade.
“Estar em um palco que celebra a música preta brasileira é histórico”, afirmou Sandra de Sá, emocionada. “É mais do que um show. É um encontro com nossas raízes.”
A homenagem se estende por todo o festival. No Palco João Rock, nomes como BaianaSystem, Rael, FBC, Rincon Sapiência e Cidade Negra reforçam o compromisso com a diversidade musical. O palco Fortalecendo a Cena vai mergulhar no trap e na música urbana com artistas como Duquesa, Budah, Drik Barbosa, Kayblack e Cabelinho, mostrando que a nova geração também carrega essa herança com força. E o Palco Aquarela, dedicado às vozes femininas, reúne talentos como Vanessa da Mata, Sued Nunes, Melly e Zélia Duncan, em apresentações que prometem emocionar.
O João Rock deste ano espera receber 60 mil pessoas. Mais do que um evento, será um momento de afirmação. Um festival onde a música preta não é coadjuvante — é protagonista, como sempre mereceu ser.
