Mais do que uma formação em comunicação, a nova edição da Escola Marielle é um chamado para a construção de futuros mais justos, diversos e possíveis. Criada pelo Instituto Marielle Franco e realizada em parceria com a organização Narra e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, a iniciativa busca jovens negros periféricos do Rio de Janeiro que desejam comunicar, transformar e fazer parte da mudança.
O curso — totalmente gratuito — quer formar comunicadoras e comunicadores políticos comprometidos com as causas que movem o mundo. Serão encontros presenciais, entre julho e outubro, com aulas teóricas e práticas sobre temas como redes sociais, storytelling, audiovisual, fotografia e até inteligência artificial. Tudo com apoio de transporte, alimentação e material didático.
— A Escola Marielle é uma semente viva do legado da minha mãe, que acreditava no poder da palavra e da comunicação como ferramentas de transformação social — diz Luyara Franco, filha de Marielle e diretora de Legado do Instituto. — É uma forma de disputar narrativas e valorizar quem muitas vezes é silenciado.
A formação acontece no centro do Rio, no IFCS da UFRJ, e será dividida em dois momentos: o primeiro, teórico, de julho a setembro; e o segundo, prático, de setembro a outubro. Ao final, os participantes recebem certificado de conclusão.
Luna Costa, fundadora da Narra, reforça a importância de olhar para a potência que já existe nas periferias:
— A juventude negra já comunica com força, criatividade e sensibilidade. A Escola vem para reconhecer essas vozes e conectá-las a ferramentas que potencializam ainda mais esse impacto coletivo.
As inscrições ficam abertas até 8 de junho no site escolamarielle.org e pelas redes sociais das organizações. A seleção considera o perfil, a motivação e o envolvimento dos candidatos com a comunicação política ou de causas. O curso será realizado entre os dias 25 de julho e 10 de outubro.