O Paris Saint-Germain conquistou a Europa neste sábado (31/05), com o elenco campeão mais negro da história da Champions League
Por Bruno Deusdará
Supervisão: Rachel Quintiliano
Dembelé, Doué, Marquinhos, Hakimi, Mayulu e outros jogadores, entre estrangeiros e filhos de imigrantes, conquistaram o que Lionel Messi, Neymar Jr., Kilian Mbappe. Edinson Cavani, Icardi, Ángel Di Maria não foram capazes de alcançar jogando em Paris: colocar o PSG no topo da Europa.
O clube francês, cujo presidente é Nasser Al-Khelaïfi, investiu pesado em reforços para o elenco e para a comissão técnica desde que foi adquirido pela Qatar Sports Investments. As 10 contratações mais caras do clube desde essa aquisição somam uma quantia assustadora – 927 milhões de Euros. Com “a faca e o queijo” nas mãos, o PSG havia se tornado a nova potência do futebol europeu. A disputa por títulos de expressão – em especial a UEFA Champions League – era inevitável. Mas o clube parisiense continuava batendo na trave.
Foram cinco derrotas nas oitavas de final (16-17, 17-18, 18-19, 21-22, 22-23) quatro derrotas nas quartas de final (12-13, 13-14, 14-15, 15-16) duas derrotas em semifinais (20-21, 23-24), um vice campeonato (19-20) e enfim, em 2025, o tão sonhado primeiro título. Com elencos que beiravam a perfeição em questão de nomes, era e ainda é um mistério o motivo pelo qual o PSG nunca tinha conseguido este troféu.
Neste sábado, o clube parisiense fundado na década de 70 finalmente tirou esse asterisco de sua grandeza, e foi graças ao seu elenco todo – o coletivo, e não apenas os craques de renome que passaram pelo clube. Deste plantel de 25 jogadores, 12 deles são negros:
Hakimi, Kimpembe, Marquinhos, Nuno Mendes, Beraldo, Pacho, Zaire-Emery, Mayulu, Désiré Doué, Dembelé, Barcola, Mbaye e Beraldo conquistaram a Europa com o PSG. O clube com mais representatividade negra levantou, neste domingo, a taça de mais prestígio no futebol internacional de clubes.
