Revista Raça Brasil

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Foto: Divulgação

Estudantes da PUC-SP são suspensos por atos racistas durante competição universitária

Após uma “força-tarefa” com alunos de diversas universidades identificar quem proferiu as ofensas, uma suspensão de 30 dias foi aplicada

 

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) determinou a suspensão por 30 dias de quatro alunos do curso de Direito envolvidos em episódios de racismo durante os Jogos Jurídicos de 2024. A medida, válida a partir de 1º de agosto, foi confirmada oficialmente nesta sexta-feira (6).

 

Os estudantes foram identificados como Tatiane Joseph Khoury, Matheus Antiquera Leitzke, Marina Lessi de Moraes e Arthur Martins Henry. Eles foram flagrados em vídeo, durante partida de handebol em Americana (SP) em novembro de 2024, proferindo ofensas racistas contra alunos da Universidade de São Paulo (USP), incluindo xingamentos como “pobres” e “cotistas”. As imagens viralizaram nas redes sociais na época.

 

Além da suspensão, a reitoria estabeleceu que o retorno dos estudantes às atividades acadêmicas ficará condicionado à matrícula e frequência obrigatória, por um ano, em disciplinas sobre igualdade racial, combate à discriminação, justiça social e direitos humanos.

 

A decisão baseou-se em parecer do Núcleo de Mediação e Justiça Restaurativa da universidade, criado em janeiro de 2025. O órgão analisou evidências, ouviu os envolvidos, coletou depoimentos de testemunhas e promoveu encontros restaurativos com membros da comunidade acadêmica.

 

Medidas adicionais:

  • Elaboração de um código de conduta específico para eventos esportivos e representações estudantis em até 60 dias
  • Compromisso institucional com uma cultura pautada na ética, respeito e direitos humanos
  • Os quatro estudantes já haviam sido demitidos de escritórios de advocacia onde estagiavam após o episódio

 

O caso remonta a 16 de novembro de 2024, quando torcedores uniformizados da PUC-SP dirigiam insultos a estudantes cotistas da USP durante a partida, acompanhados de gestos pejorativos relacionados a dinheiro. À época, as diretorias das faculdades de Direito e centros acadêmicos de ambas instituições repudiaram publicamente os fatos e se comprometeram com apuração rigorosa.

 

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