Revista Raça Brasil

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Imagem: REUTERS/Stephanie Lecocq

Mulheres negras fazem história no tênis mundial: Coco Gauff é campeã em Roland Garros

 De Althea Gibson a Coco Gauff, atletas negras da diáspora africana seguem quebrando barreiras e conquistando espaço nos maiores torneios do mundo. Mulheres negras abrem espaço em esporte elitizado e majoritariamente branco

 

A trajetória das mulheres negras no tênis é marcada por pioneirismo, resistência e vitórias que vão além das quadras. No último final de semana, a norte-americana Coco Gauff, de apenas 21 anos, entrou para a história ao conquistar o título de Roland Garros — o tradicional torneio de saibro francês. Com isso, ela se tornou a terceira mulher negra da diáspora africana a vencer o Grand Slam parisiense, ao lado de Serena Williams e Althea Gibson.

A caminhada vitoriosa de Coco é herdeira de uma linhagem de atletas que abriram caminhos em um esporte tradicionalmente elitizado e majoritariamente branco. Em 1956, Althea Gibson se tornou a primeira tenista negra a vencer Roland Garros. Décadas depois, Serena Williams brilhou com três títulos no torneio, conquistados em 2002, 2013 e 2015. As vitórias de Serena, que revolucionou o tênis com sua força, estilo e atitude, foram fundamentais para inspirar uma nova geração de jogadoras negras em todo o mundo.

A representatividade dessas atletas não é apenas simbólica. Elas transformam o imaginário do esporte, rompem estereótipos e criam novas possibilidades para meninas negras que sonham em jogar tênis profissionalmente. Além de talento, essas mulheres enfrentaram — e seguem enfrentando — o racismo presente nos bastidores do esporte e na cobertura midiática.

A vitória de Coco Gauff em Roland Garros 2025 é mais do que um título. É a afirmação da presença negra no topo do tênis mundial e a continuidade de uma luta iniciada há mais de 60 anos por Althea Gibson. Como destacou a organização do torneio em suas redes sociais: “From Althea to Serena to Coco — three African-American women have etched their names into the clay at Roland Garros”.

Mais do que medalhas, essas mulheres negras cravam seus nomes na história — e nos corações de milhões de fãs que se veem representados em cada saque, cada ponto, cada conquista.

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