Revista Raça Brasil

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Seis vozes negras da literatura brasileira que você precisa ler

A literatura tem o poder de curar, provocar, lembrar e transformar. E quando falamos de autores negros, falamos também de histórias que, por muito tempo, foram silenciadas — mas que hoje ganham espaço, voz e merecido reconhecimento.

Se você está buscando livros que emocionam, provocam reflexões profundas e carregam a força da ancestralidade, aqui vão seis nomes fundamentais da literatura negra brasileira. São escritores e escritoras que, com estilos próprios, falam sobre racismo, identidade, memória, afetos e resistência. Conheça:

Conceição Evaristo
Com sua “escrevivência” — termo que une escrita com vivência — Conceição, mineira de 78 anos, é um dos nomes mais importantes da nossa literatura. Seus livros como Ponciá Vicêncio e Olhos d’Água não apenas narram histórias, mas carregam a alma de quem por muito tempo teve sua voz ignorada.

Eliana Alves Cruz
Carioca, jornalista e escritora, Eliana mergulha na memória afro-brasileira para contar histórias de dor, resistência e beleza. Em livros como Água de Barrela e Solitária, ela revisita narrativas apagadas pela história oficial, e nos faz pensar sobre o Brasil que fomos — e o que ainda podemos ser.

Itamar Vieira Júnior
Baiano, Itamar conquistou o coração de milhares de leitores com Torto Arado, um romance poderoso sobre desigualdade, espiritualidade e laços familiares no sertão brasileiro. Ele também escreveu Salvar o Fogo e Doramar ou a odisseia. Sua escrita é densa, poética e profundamente brasileira.

Jeferson Tenório
Nascido no Rio, mas com trajetória no sul do país, Jeferson é autor de O Avesso da Pele, um livro que toca com sensibilidade nas feridas do racismo, da perda e da busca por identidade. Ele também publicou Estela sem Deus e Beijo na Parede. Sua literatura é um convite à escuta e ao acolhimento.

Lavínia Rocha
Professora e escritora mineira, Lavínia é uma voz jovem e potente da literatura juvenil. Seus livros dialogam com crianças e adolescentes, especialmente sobre cultura afro-brasileira, identidade e imaginação. Obras como Entre, Corra e Pule e O que você pensa quando falo África? são educativas e emocionantes.

Marcelo D’Salete
Ilustrador e quadrinista paulista, Marcelo transformou em HQs histórias de luta e resistência negra. Em Cumbe e Angola Janga, ele reconta a escravidão com uma narrativa visual impactante e sensível. Suas obras mostram que os quadrinhos também podem ser instrumentos de memória e denúncia.

Ler autores negros é mais do que uma escolha literária — é um ato de reconhecimento, reparação e empatia. Se você ainda não conhecia algum desses nomes, essa pode ser uma ótima hora para deixar que essas vozes te toquem e transformem.

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