Revista Raça Brasil

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De coadjuvante a protagonista: Jeniffer Nascimento brilha em Êta Mundo Melhor

Jeniffer Nascimento tem mostrado que talento, perseverança e representatividade podem, sim, caminhar juntos em uma trajetória de sucesso na televisão brasileira. Conhecida por sua versatilidade e carisma, a atriz e cantora retorna com força total à nova versão da novela “Êta Mundo Melhor!”, sequência do sucesso Êta Mundo Bom! (2016), e agora assume o posto de uma das protagonistas da trama.

A nova fase da novela que chega renovada, mas ainda carregada do mesmo encanto e otimismo que conquistaram o público na primeira exibição apresenta não apenas uma continuidade narrativa, mas também um reposicionamento importante de personagens e temáticas. E Jeniffer é um dos maiores símbolos dessa transformação.

Da empregada ao centro da história

Na primeira versão da novela, Jeniffer interpretava Dita, uma jovem empregada doméstica, que ajudava a avó e era apaixonada pelo filho da patroa. Embora não fosse um dos papéis centrais na trama, a personagem ganhava destaque à medida que o enredo se desenvolvia, revelando camadas emocionais, senso de justiça e um olhar esperançoso sobre o futuro.

Mesmo com o papel inicialmente coadjuvante, Jeniffer roubava a cena com sua naturalidade, entrega e força dramática. O público e a crítica rapidamente perceberam seu potencial, e seu espaço foi sendo ampliado gradualmente. Agora, com a continuação da novela, Dita retorna transformada, mais madura, segura de si e no centro de conflitos, relações e decisões importantes da história.

Na nova fase, a trajetória começa com Dita encerrando seu casamento com Quincas (Miguel Rômulo). Ela se muda com o filho do casal e a tia Manoela (Dhu Moraes) para São Paulo, após visitar a capital e reencontrar Candinho (Sérgio Guizé). Na cidade, decide participar de um concurso de calouros e dá início à sua caminhada como cantora profissional.

Ao longo da trama, Dita se envolve romanticamente com Candinho, assumindo o espaço deixado por Filomena (Débora Nascimento), que morre logo no primeiro capítulo da novela em um incêndio, sem aparecer em cena. A morte da personagem é revelada por meio de diálogos, e marca uma virada decisiva na história.

Essa mudança não é apenas narrativa: representa um avanço simbólico no modo como a televisão tem, aos poucos, se reconfigurado para trazer protagonistas negras em papéis complexos, profundos e centrais. Jeniffer honra essa missão com vigor, talento e sensibilidade.

Carreira musical em ascensão

Paralelamente à atuação, Jeniffer Nascimento também vive um momento brilhante na carreira musical. Com formação em teatro musical, ela já demonstrava desde o início sua potência vocal. Agora, em 2025, investe na carreira como cantora, apresentando ao público canções autorais e interpretações marcantes que misturam samba, MPB e pop com mensagens de autoestima, amor e resistência.

Seu trabalho musical dialoga com sua trajetória como atriz: é pessoal, é político, e é artístico em sua essência. Recentemente, Jeniffer lançou seu primeiro EP, com faixas que abordam temas como ancestralidade, liberdade e empoderamento, consolidando-se como uma artista completa e cada vez mais influente.

Jeniffer Nascimento é, hoje, mais do que uma atriz em ascensão. É símbolo de um tempo novo.

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