Revista Raça Brasil

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Mulher ataca policial negro no México

Um episódio lamentável de racismo chocou a Cidade do México e reacendeu discussões sobre discriminação racial no país. Tudo aconteceu na rua Alfonso Reyes, no bairro Condesa, quando uma mulher, irritada por ter seu carro estacionado irregularmente, agrediu verbalmente um policial que tentava colocar o imobilizador no veículo.

A mulher, que estava acompanhada de seus filhos, não se limitou a protestar contra a multa: proferiu ofensas racistas contra o policial, incluindo ataques à cor da pele dele. Mesmo tendo infringido as regras de trânsito, ela não chegou a ser multada, segundo a Secretaria de Segurança da cidade, por conta de uma suposta condição de saúde. O caso levou à abertura de uma investigação sobre discriminação racial e também sobre a conduta do policial envolvido, que será analisada através de vídeos do ocorrido.

Autoridades se posicionam

A Secretaria de Segurança Pública destacou que os agentes apenas estavam cumprindo seu trabalho e não violaram nenhum direito da mulher abordada. Enquanto isso, a Fiscalía da capital mexicana iniciou uma investigação formal, mas até o momento não deu detalhes sobre o andamento do processo.

O governo local, por meio da Instância Executora do Sistema Integral de Direitos Humanos, foi firme ao afirmar que a discriminação racial fere direitos fundamentais e precisa ser combatida com rigor.

Uma realidade que preocupa

Infelizmente, episódios como esse não são isolados. Dados do Instituto Nacional de Estatística (Inegi) mostram que, em 2022, 28% da população indígena e 35,6% da população afrodescendente no México disseram ter sido alvo de algum tipo de discriminação.

O cenário é preocupante: em apenas cinco anos, o número de pessoas que se dizem vítimas de racismo na Cidade do México subiu de 23,7% em 2017 para 29,6% em 2022. Esse caso recente soma-se a outros episódios marcantes, como as denúncias contra a rede de restaurantes Sonora Grill, acusada de segregar clientes em seus estabelecimentos.

Fatos como esses deixam claro que a discriminação racial continua sendo um problema profundo na sociedade mexicana, exigindo ações concretas para que todas as pessoas, independentemente de sua cor ou origem, possam viver com respeito e dignidade.

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