Revista Raça Brasil

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Ancestralidade, arte e futuro: Liège revela sua força no clipe “Legado”

Para Liège, fazer música é mais do que compor canções: é contar histórias que unem passado, presente e futuro. A cantora, compositora e performer paraense lança o videoclipe de “Legado”, música que fecha seu álbum de estreia, ECDISE, reconhecido como um dos Melhores Discos Brasileiros de 2021 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

Com direção de Daya, o clipe é um mergulho visual e sensorial onde se misturam cores vibrantes, simbolismos afrosurrealistas e a estética amazofuturista — uma arte que projeta os povos amazônicos para o futuro sem perder o elo com a tradição. É como se cada cena dissesse: existo, resisto e reinvento meu destino.

Para Liège, “Legado” é o ponto final e, ao mesmo tempo, um recomeço. A música nasceu do processo de mudança da artista, que deixou Belém para viver em São Paulo. Na capital paulista, ela precisou se reinventar, mas sempre olhando para as próprias raízes afro-indígenas.

“Ao chegar aqui, percebi que estava construindo uma parte do meu legado. Porque sei de onde venho, compreendi para onde quero ir e posso tomar minhas decisões com consciência”, conta a artista.

Além de exibir imagens fortes e poéticas, o clipe é uma declaração de amor à ancestralidade e à força das periferias brasileiras, lugares onde histórias, saberes e sonhos continuam vivos. A artista revela, em cada frame, a potência que existe em transformar a própria história em arte — e em seguir deixando marcas no mundo.

Liège mostra que carregar um legado não é peso, mas asas. E, com sua música e sua visão artística, nos faz acreditar que o futuro pode, sim, ser construído a partir das raízes.

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