O Ministério do Turismo lançou nesta semana o Guia do Afroturismo no Brasil, um mapeamento inédito de experiências e roteiros culturais protagonizados por comunidades negras em todo o país. A publicação, que reúne 43 iniciativas em todas as regiões brasileiras, tem como objetivo valorizar a ancestralidade africana, fortalecer a economia negra e subsidiar políticas públicas para o setor.
Organizado por macrorregiões e tipos de atividade, o guia apresenta opções que vão desde visitas a quilombos e terreiros até circuitos gastronômicos, museus e festivais culturais. Entre os destaques estão o Parque Memorial Quilombo dos Palmares (AL), a Rota dos Barracões do Marabaixo (AP) e o Território Kalunga (GO), que combinam história, natureza e tradição. No Nordeste, experiências como o Terreiro Alarokê (SE) e o Quilombo Kaonge (BA) oferecem imersão em dança, música e culinária afro-brasileira.
O guia também inclui roteiros urbanos, como a Pequena África (RJ), o Circuito da Memória Negra (Petrópolis/RJ) e o Manguebeat (Recife/PE), que celebra a herança cultural de Chico Science. Em Salvador, pontos como o Terreiro do Gantois e o Memorial Mãe Menininha reforçam a importância religiosa e social do candomblé.
Segundo o Ministério, a seleção priorizou iniciativas lideradas por afroempreendedores, cadastradas no Mapa do Turismo Brasileiro e com regularidade no Cadastur. O Nordeste e o Sudeste concentram 16 roteiros cada, seguidos por Norte (5), Centro-Oeste (4) e Sul (2). A iniciativa integra o Programa Rotas Negras, que busca posicionar o afroturismo nacional e internacionalmente.
“Além de gerar renda, essas experiências resgatam memórias de resistência e projetam um futuro de valorização da cultura negra”, destacou o Ministério. O guia está disponível para download e convida turistas a explorarem um Brasil que reconhece e celebra suas raízes africanas.