Revista Raça Brasil

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Ludmilla grava novo álbum em LA e reafirma o poder da mulher preta que rompe fronteiras

Tem algo de poderoso quando uma mulher preta entra em um dos estúdios mais cobiçados do mundo, não como coadjuvante, mas como protagonista de sua própria história. Ludmilla, artista que já rompeu tantas barreiras no Brasil, agora escreve um novo capítulo da sua trajetória: ela está em Los Angeles gravando seu próximo álbum de pop e R&B, ao lado de ninguém menos que Khris Riddick-Tynes, produtor responsável por hits de SZA, Ariana Grande, Kehlani e tantos outros nomes globais.

Mas mais do que um novo projeto, essa fase carrega um simbolismo imenso. Ludmilla é preta, brasileira, LGBTQIA+, mãe — e está no topo. Em um mundo onde tantos ainda tentam silenciar, ela canta mais alto. Em um mercado que tantas vezes não abre portas, ela arromba e reconstrói caminhos.

O single “Paraíso”, lançado em junho, já anuncia a identidade do projeto: referências fortes dos anos 2000, R&B elegante e uma entrega emocional linda, dedicada à sua esposa Brunna Gonçalves e à filha do casal, Zuri, nascida em maio. É amor preto, feminino, real. É sobre representatividade com afeto.

Ludmilla não está apenas em outro país. Ela está ocupando um espaço que historicamente negaram às mulheres como ela. Está escrevendo uma história que vai ecoar em outras meninas pretas que hoje sonham, compondo no quarto, dançando na sala, e que verão nela a prova viva de que é possível.

E o mais bonito disso tudo é que Lud não se moldou ao sistema — ela trouxe a favela, a força e a fé com ela. Fez do seu jeito. Com coragem, com talento, com verdade.

Esse álbum é mais que música. É um marco. É sobre vencer, resistir e seguir.
E é sobre saber que, quando uma mulher preta vence, todo um povo se sente representado.

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