O escritor luso-cabo-verdiano Joaquim Arena nos leva a uma jornada de resgate e reconhecimento com seu novo livro “Debaixo da nossa pele, Uma viagem”. Mais do que uma simples investigação histórica, a obra é um mergulho pessoal e coletivo nas raízes negras esquecidas da Europa — raízes que foram apagadas, mas nunca deixaram de existir.
Com sensibilidade e coragem, Arena revisita personagens históricos negros que ocuparam papéis de destaque na Europa muito antes da colonização africana. Homens negros que foram generais, diplomatas e intelectuais — figuras que, por muito tempo, não cabiam nos livros de história tradicionais.
O autor escreve não apenas com pesquisa, mas com alma. Ele reflete sobre o que significa crescer entre Cabo Verde e Portugal, sobre o que a memória revela (ou esconde), e sobre a importância de reconhecer a negritude que também construiu a Europa.
Em tempos de negação e avanço de discursos racistas, o livro de Arena é como um farol: nos lembra de que a história precisa ser contada por quem teve sua voz silenciada. É um convite à verdade, à escuta e à justiça.