Revista Raça Brasil

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Dia Nacional do Rap: movimento cultural celebra resistência e conquistas no Brasil

No dia 6 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional do Rap, data que reconhece a importância histórica e cultural desse gênero musical, que se tornou voz das periferias e instrumento de transformação social. Oficializada em 2017 pela Lei Federal nº 13.577, a homenagem marca o aniversário do Racionais MC’s, grupo pioneiro que, desde 1988, influencia gerações com discos como “Sobrevivendo no Inferno” (1997).

Ao longo dos anos, o rap brasileiro desenvolveu características próprias, misturando batidas internacionais com letras que retratam a realidade das favelas e a luta contra o racismo. Artistas como MV Bill, Emicida, e Djonga levaram o gênero para novos patamares, conquistando espaço no mainstream e prêmios importantes da música.

Segundo dados da Associação Brasileira de Música Independente (Abramus), o rap é o terceiro gênero mais ouvido no país, atrás apenas do sertanejo e do funk. Sua influência vai além da música, inspirando moda, cinema e até mesmo o vocabulário do brasileiro, com termos como “batalha”, “mano” e “treta” entrando para o linguajar cotidiano.

Especialistas apontam que o sucesso do rap se deve à sua capacidade de se reinventar. “O gênero absorve influências do funk, do pagode e até do rock, sempre mantendo sua essência contestadora”, explica o professor de cultura urbana Marcos Ribeiro, da USP. “Mais que um estilo musical, o rap é um movimento que dá voz a quem sempre foi silenciado.”

Neste Dia Nacional do Rap, fica evidente como o gênero transcendeu as fronteiras das quebradas para se tornar uma das principais forças culturais do país, transformando histórias de luta em arte e inspirando milhões de jovens a acreditar no poder da palavra.

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