Revista Raça Brasil

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Doralyce celebra raízes e revolução com dois shows no Nordeste

A arte que transforma, emociona e liberta. É com essa força que a cantora, compositora e ativista pernambucana Doralyce sobe aos palcos em agosto para dois shows no estado: no dia 8, no Recife, e no dia 15, em Pesqueira. Mais do que apresentações musicais, esses encontros se tornam espaços de resistência, pertencimento e celebração da identidade nordestina e afro-brasileira.

Doralyce leva ao público não apenas música, mas um chamado: para dançar, se emocionar e refletir. No show “Chamego”, que acontece no Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco), a artista resgata o forró das antigas que embalou sua infância e suas memórias de São João. Ao lado do cantor Juba, ela revive esse ritmo tão essencial para o povo nordestino.

“Vou cantar músicas que fizeram parte da minha infância. São memórias vivas, que me lembram quem sou, de onde vim e o quanto é bonito ser nordestina”, afirma Doralyce.

No dia 15 de agosto, em Pesqueira, ela apresenta o show “Revolução Afetuosa”, dentro do festival Pernambuco Meu País, dividindo a noite com nomes como Teto, Matuê e L7nnon. A performance é um mergulho em sua trajetória autoral e traz faixas como Miss Beleza Universal e Nós Somos Mulheres, misturando afrofuturismo, afrobeat, pop e ancestralidade:

“É um show para dançar com o corpo e com o coração. Para sentir a força da nossa história. Para dizer que estamos aqui, resistindo e criando beleza todos os dias”, destaca.

A representatividade que Doralyce carrega no palco vai além da arte — ela ocupa espaços que, por muito tempo, foram negados a corpos negros, nordestinos e femininos. Cada nota, cada movimento, cada palavra carrega história, resistência e a certeza de que a cultura é um território vivo de luta e cura.

Ela também se prepara para lançar seu novo álbum, “Redenção”, previsto para 2026. O projeto, que conta com parcerias como Umberto Tavares e Jefferson Nascimento, traz composições autorais com uma sonoridade pop afrofuturista e elementos latinos. Algumas músicas chegam ainda em 2025:

“Redenção fala de recomeço. É um disco que cura. Que dança, mas que também abraça. É para tocar fundo na alma das pessoas”, resume Doralyce.

Os dois shows não são apenas eventos culturais — são momentos de afirmação. De olhar para o palco e se ver representado. De lembrar que o Nordeste é potência criativa, que as mulheres negras são voz e que a arte pode ser, sim, um ato político de amor.

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