A cantora e compositora Ana Cacimba acaba de lançar “Oyá”, uma música que carrega a energia vibrante e indomável da senhora dos ventos, tempestades e raios. A canção une tradição e modernidade, misturando ritmos afro-brasileiros e africanos — como barravento, ijexá, kuduro e afrohouse — em uma sonoridade que faz sintetizadores conversarem com cordas e tambores de terreiro. Com toques de MPB, “Oyá” é um convite para sentir a força ancestral que guia a trajetória da artista.
“Iansã, pra mim, significa a força feminina de guerreira, de frente de batalha. É aquele vento que sopra no momento em que você mais precisa de impulso para lutar por algo em que acredita, ou para enfrentar o que está errado. Espero que essa música traga essa energia, essa força, essa conexão ancestral com a Yabá das tempestades, para quem precisar, no momento certo”, compartilha Ana.
A inspiração para o single vem de grandes nomes que abriram caminhos para a música afro-religiosa e para a MPB de matriz africana nos anos 1970 e 1980, como Os Tincoãs, Clara Nunes e Martinho da Vila, e também de artistas contemporâneos como Metá Metá, Rita Bennedito, Luiza Lian e Alessandra Leão. Ana também presta homenagem à cantora cabo-verdiana Sara Tavares, uma de suas referências mais marcantes, cuja partida recente deixou marcas emocionais que ecoam na força da canção.
O lançamento chega acompanhado de um visualizer performático com a dançarina Nete Salma, que traduz a energia de Oyá em uma coreografia intensa e expressiva. A performance foi dirigida pela própria Ana Cacimba, com fotografia assinada por Gabriel Sorriso.
“Meu trabalho carrega muito do que eu acredito: a espiritualidade, a ancestralidade, as minhas raízes. Isso me move na vida e na arte”, afirma a cantora. “Meu compromisso com a música é dar continuidade ao caminho aberto pelos que vieram antes e compartilhar minha visão de mundo para que outras pessoas também sintam essa energia, essa conexão. A música tem esse poder de contar histórias, revelar novas perspectivas e unir quem compartilha fé, força e sonho. Mais do que um estilo, minha música é um caminho de cura. Espero que ‘Oyá’ seja esse vento de transformação para quem ouvir.”
