Aos 70 anos e com uma carreira consagrada, Denzel Washington mostrou ter uma relação descontraída com os prêmios da Academia. Em entrevista recente, o astro de Hollywood brincou ao ser questionado sobre sua busca por mais estatuetas: “Já ganhei dois, obrigado”, disse, referindo-se ao Prêmios do Oscar de Melhor Ator por ‘Dia de Treinamento’ (2002) e Melhor Ator Coadjuvante por ‘Glória’ (1990).
Após seu aclamado trabalho em ‘A Tragédia de Macbeth’ (2021), dirigido por Joel Coen, Washington revelou que seu foco mudou. “O reconhecimento é bom, mas hoje priorizo projetos que realmente me movam como artista. Se vier outro Oscar, ótimo. Se não, sigo trabalhando do mesmo jeito”, afirmou com a serenidade de quem já conquistou tudo na profissão.
Questionado se alimentava ambições de vencer como produtor ou diretor, o ator foi categórico: “Não perco mais sono com isso. A sorte já sorriu para mim várias vezes”. Sua postura reflete o momento atual da carreira , Washington parece ter entrado numa fase de liberdade criativa total, escolhendo papéis pela qualidade artística, não por potencial de premiação.
Seu próximo projeto, um thriller político ainda sem título, está em produção sem qualquer discurso de campanha por indicações. “Estou fazendo porque a história me fascinou, não porque possa render troféus”, explicou.
Com mais de 40 anos de carreira e considerando sua filmografia repleta de clássicos, Washington demonstra que está construindo algo maior que coleção de prêmios: um legado artístico atemporal. “No final, o que fica são os personagens que marcaram as pessoas, não as estatuetas na prateleira”, filosofou.
A declaração resume bem o momento do astro: enquanto muitos em Hollywood ainda correm atrás do reconhecimento da Academia, Denzel Washington já transpôs essa etapa, firmando-se como um dos poucos atores que podem escolher trabalhos pelo puro prazer artístico, um luxo que só o verdadeiro talento e longevidade na profissão podem proporcionar.