Em recente pronunciamento, Donald Trump declarou apoio à adoção de critérios raciais nas políticas de imigração dos EUA, afirmando que a medida seria necessária para “proteger a segurança e valores americanos”. A proposta, que ecoa posturas controversas de seu mandato presidencial, foi imediatamente criticada por organizações de direitos humanos e líderes políticos, que a classificam como discriminatória.
O ex-presidente justificou a posição alegando preocupação com a “estabilidade cultural” do país, argumento endossado por grupos favoráveis a restrições migratórias. Especialistas, porém, alertam que a implementação de tais critérios violaria princípios constitucionais e poderia acirrar divisões sociais, além de enfrentar obstáculos jurídicos.
Enquanto a Casa Branca evita comentários diretos sobre o caso, reiterou em nota seu compromisso histórico com políticas migratórias “justas e humanitárias”. A ausência de uma resposta enfática do governo Biden ao episódio é vista como estratégica, dado o contexto eleitoral.
Com Trump liderando as pesquisas para a indicação republicana em 2024, o tema tende a dominar o debate público nos próximos meses. Analistas destacam que a retórica imigratória do ex-presidente mobiliza sua base conservadora, mas também polariza o eleitorado moderado.
O discurso reacendeu discussões sobre o legado de Trump em matéria migratória, marcado por políticas como o veto a muçulmanos e a construção do muro na fronteira com o México. Agora, a proposta de filtros raciais coloca nova lenha na fogueira da disputa eleitoral.
Enquanto isso, organizações civis preparam ações judiciais preventivas, e o tema promete ser um dos eixos centrais da campanha presidencial, com impacto potencial nas relações internacionais dos EUA.