Um ambiente saudável reflete a realidade da composição da sociedade. Isso significa ter uma equipe formada por pessoas de diferentes origens, gêneros, idades, orientações sexuais e deficiências.
O ganho que as empresas obtêm com ambientes mais diversos e inclusivos são cada vez mais comprovados. Dados de pesquisa da Mckinsey & Company apontam que organizações que investem na representatividade étnica têm em média 35% de chance de serem bem mais sucedidas no mercado, enquanto aquelas com ações de equidade de gênero têm 21% de chance de maior lucratividade. Esses números demonstram que a diversidade não é apenas uma questão social, mas também uma estratégia de negócio. E quanto à saúde mental? Qual o impacto dessas ações em uma atmosfera mais diversa?
Um ambiente de trabalho diverso e inclusivo é aquele que reflete e acolhe a realidade da composição da sociedade. Isso significa ter uma equipe formada por pessoas de diferentes origens, gêneros, idades e orientações sexuais. A diversidade não se limita à contratação de pessoas diferentes, mas vai além, criando um ambiente mais saudável, para que os colaboradores possam se desenvolver com o máximo de sucesso em suas atribuições na empresa, livres de doenças mentais. E como fazer isto em um mundo cada vez mais competitivo? Este será o foco do Fórum Brasil Diverso deste ano.
A realização do Fórum, que acontecerá em novembro próximo, demonstra a importância do tema para as lideranças empresariais e a sociedade. O lançamento do evento na Câmara Brasil-Estados Unidos do Comércio (AMCHAM) contou com a presença de pesos pesados do mundo empresarial, como Maurício Rodrigues, CEO da Bayer LatinoAmérica, Fernando Luciano, vice-presidente de pessoas da VIVO e Roberta Anchieta, Diretora do Itaú Unibanco, entre outros, mostrando que saúde mental dos colaboradores tem sim muito a ver com ambientes mais diversos e inclusivos.
Um ambiente saudável reflete a realidade da composição da sociedade. Isso significa ter uma equipe formada por pessoas de diferentes origens, gêneros, idades, orientações sexuais e deficiências. Para Fernando Luciano, vice-presidente de Pessoas da VIVO, o exemplo que sua empresa traz com o “Vivo Bem-Estar”, oferecendo meditação, atendimento psicológico e clínica de família para colaboradores é um passo adiante quando já encontra ambiente diverso. “Estar bem também é uma escolha. Nosso papel é criar condições para que corpo, mente e ambiente estejam em equilíbrio”, afirmou o executivo.
Para Maurício Rodrigues, presidente da Bayer Crop Science para a América Latina, “sustentabilidade é fundamental para a sobrevivência do negócio”. O executivo também lembrou que questões de saúde mental sempre existiram, mas somente recentemente ganharam visibilidade e espaço para serem discutidas de forma preventiva. Na mesma linha, Roberta Anchieta, do Itaú Unibanco, destacou a importância da prevenção: “Trabalho é somente trabalho, vida é vida. A gente não se enxerga onde não tem possibilidade”. Para Roberta, os canais de escuta permanentes e apoio psicológico ajudam a evitar que problemas se agravem criando ambientes mais disruptivos.
Do setor de comunicação, Aldo Pini, CEO da LePub Brasil, defendeu a criação de ambientes seguros dentro das agências. “Quando o profissional pode ser ele mesmo no trabalho, a saúde mental melhora e o desempenho crescem”.