Revista Raça Brasil

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Entre frustração e esperança: Hamilton vê evolução, mas descarta pódio no curto prazo

Lewis Hamilton deixou o GP da Itália com uma sensação agridoce. O heptacampeão viu sinais de evolução na Ferrari, mas também percebeu que ainda falta muito para transformar essa melhora em resultados expressivos. Enquanto o chefe Frédéric Vasseur fala em pódios no curto prazo, Hamilton prefere a sinceridade: o carro ainda não lhe dá confiança suficiente para lutar de igual para igual com McLaren e Red Bull.

“O fim de semana na Itália me trouxe bastante confiança com o carro, mas ainda não estou 100% confortável. Nosso desempenho foi decente, mas não temos o ritmo dos carros que estão muito mais adiante. Brigar pelas três primeiras posições está fora de questão por algum tempo”, admitiu.

Em Monza, Hamilton largou em décimo e cruzou a linha em sexto. Para muitos pilotos, seria motivo de comemoração, mas para ele, que já conquistou tudo no esporte, o resultado tem gosto de frustração — especialmente porque já são 16 corridas sem pódio desde que vestiu o vermelho da Ferrari, um recorde negativo que supera o de Ivan Capelli, em 1992.

Apesar disso, o britânico reconhece que há progresso. Chegou a duelar com Yuki Tsunoda, Fernando Alonso e Gabriel Bortoleto antes de se firmar no top-6, mas viu suas chances de ir mais longe caírem por terra após uma estratégia equivocada de boxes. Ainda assim, acredita que poderia ter terminado em quinto com escolhas melhores.

Do outro lado da garagem, Charles Leclerc também sofreu. O monegasco gastou seus pneus cedo demais na luta com Oscar Piastri e não conseguiu ajudar a Ferrari a se aproximar do pelotão da frente. Para Hamilton, isso só reforça a necessidade de tempo e trabalho.

“Talvez, se Charles e eu estivéssemos juntos, poderíamos ter tido uma corrida mais forte. Mas eles estavam muito rápidos. No máximo, daria para terminar em quinto ou quarto”, avaliou o inglês, com a franqueza que sempre o acompanha.

Agora, a Ferrari volta ao trabalho com o desafio de transformar pequenos avanços em passos maiores. A Fórmula 1 retorna de 19 a 21 de setembro, com o GP do Azerbaijão.

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