No último dia do The Town, IZA não apenas cantou — ela transformou o palco em um manifesto vivo de ancestralidade, resistência e beleza. Em uma apresentação marcada por referências ao Egito Antigo, a cantora uniu música, moda e espiritualidade em uma verdadeira celebração da cultura afro-brasileira.
Moda como linguagem de identidade
A abertura do show trouxe IZA em um vestido branco imponente, acompanhado de um chapéu estruturado e acessórios dourados. Mais do que um figurino, a escolha representava a força de quem carrega a história de um povo nos ombros e, ao mesmo tempo, projeta futuro. Ao longo da performance, a transição para o corset metálico dourado e a calça cargo camuflada mostrou como tradição e modernidade podem coexistir em diálogo, reafirmando que a cultura negra é plural, viva e em constante transformação.
Dança como elo entre passado e presente
Os dançarinos, com figurinos azuis inspirados no Egito, trouxeram ainda mais força à narrativa. Cada gesto, cada movimento, parecia ecoar rituais antigos em uma releitura atual, criando uma atmosfera que ia além do entretenimento: era um ato de afirmação coletiva, um lembrete da riqueza das raízes africanas que moldaram o Brasil.
Mais que um show, uma afirmação
IZA mostrou que estar em um grande palco não é apenas sobre brilho, mas sobre usar a visibilidade para resgatar histórias, fortalecer identidades e inspirar novas gerações. Sua performance foi um lembrete de que arte e cultura são também formas de resistência — e que a representatividade importa, sobretudo quando celebrada diante de milhares de pessoas.
No The Town 2025, IZA reafirmou seu lugar como uma das artistas mais potentes da música brasileira, transformando o espetáculo em uma experiência de orgulho, conexão e pertencimento.