A orla de Copacabana amanheceu diferente, com mais cor, mais música e uma emoção difícil de descrever. Uma estátua de Preta Gil foi inaugurada em frente ao Copacabana Palace, ao lado da escultura de seu pai, Gilberto Gil. Um gesto que eterniza não apenas a artista que partiu cedo demais, mas também a conexão entre pai e filha que marcaram a cultura brasileira com sua arte e presença.
Preta, que nos deixou em julho deste ano, aos 50 anos, foi muito mais do que cantora. Ela foi voz de diversidade, irreverência, resistência e alegria. No Carnaval carioca, seu nome virou sinônimo de festa, inclusão e liberdade. Tanto que, além da estátua, a cidade já havia batizado o trajeto dos megablocos como “Circuito Preta Gil”, garantindo que sua energia continue viva nas ruas.
A homenagem foi realizada pelo quiosque Areia MPB, o mesmo responsável pela estátua de Gilberto Gil em 2023. Para Bruno de Paula, sócio do espaço, o gesto vai além de um monumento:
“É um símbolo da força da música brasileira e da conexão entre gerações.”
Agora, quem passar pela orla verá não apenas duas estátuas, mas uma história de legado. Um encontro eterno entre pai e filha, lado a lado, lembrando que a música, a memória e o amor são mais fortes que a ausência.
Preta Gil segue viva. Em Copacabana, no Carnaval, no coração dos fãs — e no sorriso de quem se emocionar diante dessa homenagem que une saudade e celebração.