O Ministério da Igualdade Racial (MIR) abriu uma chamada especial para projetos de pesquisa que promovam a igualdade racial, defendam direitos e enfrentem o racismo no Brasil. São mais de R$ 1 milhão disponíveis, e as inscrições vão até 29 de outubro.
A iniciativa valoriza a representatividade e a inclusão, dando preferência a projetos coordenados por pesquisadores negros, quilombolas, povos e comunidades tradicionais de matriz africana, povos de terreiros e ciganos. Cada projeto poderá receber até R$ 100 mil, sendo R$ 80 mil para bolsas e R$ 20 mil para custeio.
A chamada abrange oito linhas de pesquisa, como fortalecimento de órgãos gestores do Sinapir, análise de políticas públicas, avaliação da transversalidade da questão racial em diferentes setores e criação de observatórios de políticas para promoção da igualdade racial.
Além disso, a composição das equipes deve refletir diversidade: em grupos de duas ou mais pessoas, pelo menos 50% devem se autodeclarar negras, e em equipes maiores, 30% devem ser mulheres. Também serão valorizadas a participação de quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e integrantes da comunidade LGBTQIA+.
O objetivo é claro: dar voz e espaço àqueles historicamente sub-representados na pesquisa científica, fortalecendo a produção de conhecimento com olhar de quem vive a realidade que precisa ser transformada. Para participar, o responsável pelo projeto deve ter título de Mestre, currículo Lattes atualizado e vínculo formal com instituição de pesquisa ou organização sem fins lucrativos cadastrada no CNPq.
Esta é uma oportunidade de combinar ciência e justiça social, promovendo pesquisas que impactem diretamente a vida de comunidades negras e tradicionais em todo o país.