Aos 8 anos, Haonê Thinar precisou enfrentar algo que muitas crianças sequer conseguem imaginar: o diagnóstico de um câncer ósseo. Entre hospitais, sessões de quimioterapia e a infância interrompida, veio a decisão mais difícil de sua vida — amputar a perna para ter a chance de continuar vivendo.
“Eu escolhi amputar para viver”, relembra. Não foi apenas uma escolha médica, mas um ato de coragem. Com a força de quem ainda estava descobrindo o mundo, Haonê encarou a perda como uma oportunidade de recomeço.
Enquanto os dias no hospital passavam, ela inventava formas de manter viva a imaginação: criava personagens, improvisava figurinos com lençóis, se maquiava com glitter e transformava a dor em arte. O que parecia apenas brincadeira era, na verdade, o primeiro ensaio para o que viria a ser sua grande paixão: a atuação.
Hoje, aos 30 anos, Haonê celebra não apenas a cura, mas a chance de viver seus sonhos. Escalada para a próxima novela das 9, Dona de Mim, ela se tornou inspiração para muitas pessoas que também enfrentam batalhas difíceis.
“Não queria que minha vida fosse definida pela doença. Queria continuar sonhando, vivendo, criando”, diz.
Sua história é um lembrete de que, mesmo em meio às maiores dores, é possível encontrar força. E que cada cicatriz pode carregar, também, um recomeço.