Revista Raça Brasil

Compartilhe

Quando a fotografia vira espelho da ancestralidade: “Olhar Negro, Negro Olhar”

Até o dia 2 de novembro, a Caixa Cultural Brasília abre espaço para uma experiência que vai além da arte. A mostra “Olhar Negro, Negro Olhar” reúne obras de 23 fotógrafos e traz um retrato vivo da identidade negra da Bahia — estado onde mais de 80% da população se reconhece como preta ou parda.

São imagens que não apenas registram rostos e lugares, mas contam histórias de pertencimento, resistência e celebração. Entre os artistas em destaque estão Pierre Verger e Miguel Rio Branco, nomes que dialogam com novos olhares, criando uma narrativa coletiva que exalta a herança afro-brasileira.

Para o curador Bené Fonteles, que idealizou a exposição junto ao pesquisador Marcelo Reis, a proposta é simples e poderosa: “mostrar como a baianidade pulsa na arte e na vida, e como a fotografia pode ser um espelho da ancestralidade que nos trouxe até aqui”.

A mostra ainda se destaca por unir olhares de fotógrafos negros e brancos, de diferentes tempos e contextos, reforçando que compreender a cultura baiana exige múltiplas perspectivas. Como explica Reis, “cada imagem carrega o encontro entre a força africana e as influências indígenas, que juntas moldaram nossa identidade”.

Mais do que uma exposição, “Olhar Negro, Negro Olhar” é um convite a sentir a Bahia em sua essência — na beleza, na resistência e na memória de um povo que transformou dor em arte e ancestralidade em futuro.

Publicidade

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?