Depois de anos no topo, colecionando medalhas e representando o Brasil com o brilho de quem nasceu para vencer, Rebeca Andrade escolheu desacelerar. Em 2025, a ginasta decidiu viver algo raro no esporte de alto rendimento: um ano sabático.
Longe das competições, mas perto de si mesma, Rebeca trocou os pódios por dias de calma, risadas em família e momentos simples — daqueles que fazem o coração respirar. Ainda treina, claro, no Flamengo e na Seleção Brasileira, mas agora sem o peso da cobrança constante.
“Está sendo um dos melhores momentos da minha vida. Poder pensar em mim, descansar a cabeça, o corpo, cuidar dele também… tudo isso pra voltar ano que vem da melhor forma possível”, contou à CazéTV.
Mesmo em pausa, ela segue brilhando. Em abril, Rebeca se tornou a primeira mulher brasileira a vencer um prêmio no Laureus World Sports Awards, o “Oscar do Esporte”. Levou o troféu de Retorno do Ano, celebrando sua jornada de superação e fé — prova de que seu talento vai muito além das arenas.
O reconhecimento se soma a outros momentos marcantes. A ginasta foi embaixadora da candidatura do Rio e Niterói para os Jogos Pan-Americanos de 2031, estrela de campanhas para grandes marcas e protagonista de um mini-documentário emocionante da Adidas, “A história que só o Xico pode contar”.
A produção mostra bastidores da sua relação com o técnico Francisco Porath, o “Xico”, figura essencial em sua trajetória e com quem ela tem um laço quase paternal.
“Foi o Xico quem me fez entender que eu precisava respeitar meu corpo, meus processos. Que cuidar de mim também é parte da caminhada. Isso mudou minha cabeça”, revelou a ginasta, que renovou com o Flamengo até 2028.
Depois de tudo o que viveu — as lesões, os títulos, as dores e as vitórias —, Rebeca entendeu que a pausa também é parte da conquista. É nela que se reencontra o propósito, que o corpo fala e o coração se reorganiza.
“Esse é o ano em que comecei mais tranquila do que todos os outros. Ter liberdade pra fazer as coisas com calma e sentir que sou respeitada me dá forças pra continuar. O futuro a Deus pertence. Hoje quero estar bem — e pronta pra tentar minha vaga olímpica quando chegar a hora.”
Com a serenidade de quem confia no tempo e a fé de quem sabe que Deus guia cada passo, Rebeca Andrade vive um novo tipo de vitória: a de cuidar de si, com o mesmo amor e dedicação com que sempre cuidou do seu sonho.