Em um mês em que o Brasil se volta para celebrar a Consciência Negra, o Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, reabre suas portas no dia 13 de novembro com uma exposição que é mais que arte — é memória viva, é voz, é reparação.
Com entrada gratuita, a mostra “Para além da escravidão: construindo a liberdade negra no mundo” reúne acervos de seis países para contar histórias de dor, coragem e resistência que atravessaram oceanos e moldaram o mundo como o conhecemos hoje. São objetos, imagens e filmes que resgatam a força de quem, mesmo acorrentado, nunca deixou de lutar pela liberdade.
Depois de estrear em Washington (EUA), a exposição chega ao Brasil como um abraço às origens, antes de seguir para a África do Sul, Senegal e Inglaterra — lugares onde a resistência negra também floresceu.
O museu ainda promove, junto com o Arquivo Nacional, o seminário “Para além da escravidão: memória, justiça e reparação”, nos dias 13 e 14 de novembro. O evento reúne vozes de pesquisadores, curadores e lideranças que seguem transformando dor em potência.
E a celebração continua em outros espaços que ecoam o mesmo propósito:
- Arquivo Nacional – a partir de 14 de novembro, apresenta “Senhora Liberdade: mulheres desafiam a escravidão”, destacando as mulheres negras que romperam correntes e abriram caminhos.
- Instituto Pretos Novos (Gamboa) – no dia 15, inaugura “Conversas inacabadas”, uma imersão em depoimentos sobre escravidão, memória e resistência.
- Museu do Samba (Mangueira) – também no dia 15, abre “Arte delas: heranças ancestrais”, exaltando o protagonismo feminino e a força criadora das mãos negras que transformam dor em arte.
Mais do que uma reabertura, o momento é um convite à reflexão e ao reconhecimento: a liberdade negra segue sendo construída todos os dias — na arte, na voz e na presença de quem nunca deixou de existir, de resistir e de brilhar.





