Mesmo após vencer o Oscar por “12 Years a Slave”, atriz boicotou convites estereotipados — e optou por construir uma carreira com significado e diversidade.
A atriz Lupita Nyong’o revelou, em entrevista recente à CNN África, que rejeitou diversos convites para filmes logo depois de conquistar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua estreia em “12 Anos de Escravidão”. Segundo ela, em vez de papéis variados e desafiadores, as ofertas continuavam restritas a representações de mulheres escravizadas — inclusive propostas para retratá-la em um navio negreiro.
Para Lupita, aceitar esses papéis seria reforçar estereótipos e limitar a forma como a arte retrata mulheres africanas. Mesmo que isso significasse trabalhar menos, ela decidiu “ser uma guerreira da alegria” e usar sua visibilidade para reconfigurar narrativas sobre sua identidade e origem.
Desde então, a atriz diversificou sua trajetória: participou de franquias como Star Wars: The Force Awakens, estrelou produções como Black Panther e “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, e expandiu sua atuação para além dos papéis historicamente marcados pela escravidão — buscando personagens com profundidade e representatividade.
Sua decisão expõe um problema estrutural: mesmo para atrizes premiadas, as oportunidades muitas vezes recaem sobre clichês que reforçam traumas e limitações identitárias. Ao recusar essas ofertas, Lupita Nyong’o transformou sua carreira em um manifesto de resistência criativa — provando que optar por papel e representatividade também é escolha de poder.






